Postos de saúde de Porto Alegre estão com estoques zerados para vacina pentavalente
Problema afeta todo o país desde julho; Ministério da Saúde prevê início da normalização em janeiro

Após um período de breve normalização, postos de saúde de Porto Alegre voltaram a ficar sem oferta da vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e hemófilo B. A redução no abastecimento por parte do Ministério da Saúde começou em julho do ano passado. Esta imunização faz parte do calendário básico de vacinação.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina pentavalente adquirida por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) foi reprovada em teste de qualidade feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por esse motivo, as compras com o antigo fornecedor foram canceladas.
Em setembro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) chegou a restringir a vacinação para apenas seis postos da Capital devido ao baixo nível dos estoques. Em novembro, no entanto, os 140 postos tiveram o abastecimento normalizado — naquele mês, cerca de 90% do quantitativo normal havia sido encaminhado.
Agora, os estoques estão zerados há cerca de duas semanas, segundo a SMS. Conforme a pasta, as remessas dos meses de dezembro e janeiro não foram encaminhadas — como moradores de outras cidades também desabastecidas buscaram postos de Porto Alegre, as doses da vacina terminaram.
— A orientação que damos é que os pais tenham um cuidado maior com as crianças que não se vacinaram. O ideal é evitar locais fechados e muito cheios, com aglomerações. Pedimos que as pessoas aguardem e fiquem atentas para quando as doses chegarem — orienta a enfermeira Renata Capponi, chefe do Núcleo de Imunizações da SMS.
GaúchaZH ligou para oito clínicas particulares na tarde desta segunda-feira (6). O preço da vacina equivalente à que está em falta na rede pública, a vacina pentavalente, fica entre R$ 220 e R$ 260. A vacina hexavalente também é uma alternativa.
O que dizem os governos estadual e federal
Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde informou que a aquisição da vacina é responsabilidade do Ministério da Saúde e que o Estado apenas faz a distribuição aos municípios. A pasta informou que o Rio Grande do Sul, assim como outros Estados, enfrenta desabastecimento da vacina, mas não detalhou em quais municípios os estoques estão zerados.
O Ministério da Saúde, em nota, explicou que uma nova remessa aguarda parecer da OPAS e liberação da Anvisa para que seja distribuída aos Estados. A previsão é iniciar a regularização da distribuição ainda no mês de janeiro.
Ainda conforme a pasta, mais de 4,7 milhões de doses da vacina pentavalente foram distribuídas no país em 2019, sendo 236,2 mil no Rio Grande do Sul. A vacina é aplicada nos bebês aos dois, quatro e seis meses de vida. Segundo o Ministério da Saúde, quando os estoques forme normalizados, o Sistema Único de Saúde (SUS) fará uma busca ativa pelas crianças que completaram esta idade para que sejam vacinadas.
Veja também
Últimas notícias

Alckmin destaca avanços com os EUA após conversa entre Lula e Trump

Kel Ferreti chora em vídeo após anúncio de nova denúncia no Fantástico: ‘Que Deus me proteja’

Prefeitura de Maceió participa da abertura da Maratona de Inovação da Nasa

Motociclista fica ferido após acidente em frente ao Fórum de Campo Alegre

HGE inicia o fim de semana realizando captação de dois rins e um fígado para transplante

Homem é assassinado com golpes de facão em São Sebastião
Vídeos e noticias mais lidas

Homem confessa que matou mulher a facadas em Arapiraca e diz ela passou o dia 'fazendo raiva'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca

Alvim critica 'Democracia em Vertigem': "Ficção da esquerda"
