Agentes de saúde se reúnem com prefeitura e Câmara para discutir salários e coronavírus
Categoria reinvidica ajuste salarial e quer que servidores de grupo de risco sejam liberados
Os agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias estão aguardando a presença do prefeito Rogério Teófilo e o presidente da Câmara de Vereadores, Jario Barros, para discutir sobre a campanha de prevenção ao corona vírus e a reivindicação sobre a implantação do piso nacional.
A categoria está preocupada porque, devido ao ano eleitoral, o município tem até o dia 04 de abril para sancionar lei concedendo ajuste salarial para os servidores e, antes disso, o projeto precisa ser apresentado e aprovado pela Câmara de Vereadores. De acordo com o presidente do SindAgreste, Jade de Albuquerque, o piso nacional de R$ 1.400 passou a valer no mês de janeiro e o governo federal, que encaminha para o município recursos correspondente a 95% da folha da categoria, já está fazendo repasses com o reajuste.
“Esperamos conseguir resolver essa situação hoje. Estamos aqui na área externa da Câmara, já que reuniões em locais fechados não são recomendadas devido ao risco de transmissão do corona vírus. A reunião deve acontecer do lado de fora”, explicou Jade de Albuquerque.
Além do ajuste salarial, a categoria espera discutir com o prefeito sobre a campanha para prevenção contra a doença. Na terça (17), ao anunciar uma série de medidas para evitar o surgimento de novos casos suspeitos – há um caso de corona vírus sob investigação no município – Rogério Teófilo suspendeu férias e licenças dos profissionais de saúde e convocou todos os agentes de saúde e de endemias para fazer uma grande campanha no município. A intenção é que os agentes passem, de residência em residência, passando informações sobre como se prevenir contra o corona vírus e as recomendações em caso de suspeita da doença.
“O corona vírus colocou os agentes de saúde em uma posição de risco, porque nós lidamos com um grande número de pessoas no nosso dia-a-dia de trabalho. E, do mesmo jeito que é um risco para nós, também há o risco que nos tornemos transmissores da doença. Então são necessárias medidas para que a gente possa se proteger”, explicou.
O sindicalista teve um encontro com Teófilo na terça-feira e entregou um ofício em que solicita o envio de álcool gel e máscaras para os agentes e também pede a liberação dos servidores que integram o grupo de risco – servidores com mais de 60 anos, diabéticos e gestantes – do trabalho externo. “Se já é um risco para nós, é ainda pior para essas pessoas, que podem ter complicações graves”, ressaltou.