Revelações de Paulo Marinho aumentam cerco sobre Bolsonaro
Comissão de Ética do Senado e vai solicitar implantação de uma CPI
A acusação feita pelo empresário Paulo Marinho de que o senador Flávio Bolsonaro foi avisado por um delegado de que seu então assessor Fabrício Queiroz seria alvo de investigação na Operação Furna da Onça elevou o nível de tensão da crise política. Marinho, que foi um dos principais colaboradores da campanha de Bolsonaro e é suplente de Flávio, deverá prestar depoimento à Polícia Federal no inquérito que apura a denúncia feita por Sergio Moro de que o presidente tentava interferir politicamente na PF.
Segundo o empresário, Flávio contou a ele que a operação, que seria realizada entre o primeiro e o segundo turno, foi adiada para não prejudicar a campanha de Bolsonaro em 2018. A oposição anunciou nesse domingo que vai entrar com representação contra o senador na Comissão de Ética do Senado e pedir uma CPI. Autores de pedidos de impeachment pretendem reforçar seus argumentos para tentar levar o processo adiante. Também será apresentado pedido de anulação das eleições sob a alegação de que houve fraude eleitoral.
Queiroz era funcionário de Flávio no seu gabinete de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e é investigado por acusações de rachadinha e desvio de dinheiro público na Alerj. O senador é suspeito de se apropriar de parte do salário de seus funcionários na época.
De acordo com Marinho, Flávio também teria sido avisado pelo delegado em questão de que deveria afastar Queiroz preventivamente. O ex-policial e a filha, que também era funcionária do gabinete na Alerj, foram exonerados em 15 de outubro de 2018.
Segundo o empresário, que é presidente do PSDB no Rio e pré-candidato a prefeito, as conversas podem “explicar” o interesse de Bolsonaro em controlar a Superintendência da Polícia Federal no Rio, causa primeira dos atritos que culminaram na saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça. O caso foi revelado por Marinho em entrevista à colunista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Em resposta às acusações, a assessoria do senador Flávio Bolsonaro disse haver interesse político por trás das falas de Paulo Marinho. “Ele sabe que jamais teria condições de ganhar nas urnas e tenta no tapetão”, diz a nota enviada pelo gabinete do senador.
Veja também
Últimas notícias
São Sebastião realiza 1º Fórum do Selo Unicef e reforça políticas para a juventude
Por unanimidade, STF mantém decisão sobre perda do mandato de Zambelli
Formação original do Barão Vermelho se reúne para a turnê em 2026
Hapvida é condenado a pagar indenização após negar cirurgia à paciente com risco de morte
Celular Seguro passa a bloquear também aparelhos sem o app instalado
Som na Vila realiza ‘confra’ de apreciadores de vinil em Arapiraca
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
