Estudantes dão novo uso a plantas e criam alternativa para cuidado de cabelos em Palmeira
Projeto viabilizou o acesso a produtos capilares com palma e juá que moradores cultivavam em seus quintais

Com o isolamento social, a rotina da população mudou, inclusive em relação a cuidados diários de higiene. Neste constexto a pandemia do coronavírus trouxe desafios para o mundo. Pensando na impossibilidade de sair normalmente para comprar produtos cosméticos, estudantes começaram a produzir seus próprios itens. E a alternativa inusitada se tornou realidade na zona rural de Palmeira dos Índios, cidade localizada da região Metropolitana do Agerste de Alagoas.
Aproveitando ingredientes presentes em casas, na horta ou no quintal, estudantes descobriram que as plantas palma e juá poderiam ser utilizadas para a criação de cosméticos. Antes, a primeira estava restrita à alimentação de animais enquanto o segundo era utilizado para higiene dental por pessoas mais velhas da comunidade. Porém, as jovens da Escola Estadual Graciliano Ramos queriam ampliar a utilidade a tais plantas.
O grupo composto por estudantes do 3º ano do ensino médio se reuniu para compreender melhor os benefícios da palma e do juá. A ideia era desenvolver um produto que fosse acessível a todas as pessoas da região. Depois de investigarem que as plantas são fontes benéficas também para a saúde dos cabelos e para a prevenção à coceira no couro cabeludo, as adolescentes criaram o projeto "Cuidando da saúde dos cabelos com o uso da Palma e Juá ". A iniciativa foi finalista da última edição do Desafio Criativos da Escola, promovido pelo programa Criativos da Escola do Instituto Alana.
O projeto ganhou ainda mais importância quando as alunas observaram que muitas pessoas, em especial as mulheres, sofriam com a danificação do cabelo por conta do uso de produtos químicos industrializados. Elas pesquisaram sobre as vantagens e nutrientes da palma e fizeram testes em suas casas, os quais comprovaram os benefícios para o couro cabeludo. Depois disso, acrescentaram raspa de juá para deixar o shampoo mais consistente e espumoso, o que proporcionou uma maior maciez, brilho e leveza para fios. Para melhorar ainda mais a qualidade do produto, o grupo realizou uma visita ao laboratório do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) onde receberam dicas.
O projeto foi apresentado para a comunidade escolar e moradores de baixa renda da região de Palmeira dos Índios, por meio de um vídeo, que mostrava o processo de produção do shampoo. Além disso, foram distribuídos frascos com o produto para que as pessoas experimentassem e compartilhassem sua opinião. A iniciativa também impactou os pequenos produtores do município que já tinham as plantas palma e juá nos seus quintais, oferecendo uma alternativa para economizarem com a compra de produtos capilares.
Sobre o Instituto Alana
O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão "honrar a criança".
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