Vacinação em dia salva vidas e previne mais de vinte doenças
Muitas enfermidades chegaram a ser eliminadas no Brasil, como a rubéola e a poliomielite, mas ainda há muito para ser feito
O Dia Nacional da Imunização é celebrado anualmente em 9 de junho, a data destaca a importância de manter a carteira de vacinação atualizada para prevenir surtos de doenças fatais e evitar que outras já erradicadas voltem a fazer vítimas. Embora ainda não haja vacina para a Covid-19, as já existentes ajudam a fortalecer o sistema imunológico e a diminuir as chances de complicações por outras doenças que podem ocasionar agravamentos em pessoas com comorbidades ou condições clínicas especiais, por exemplo.
De acordo com a médica membro da Doctoralia, especialista em vacinas, Melissa Palmieri, a imunização está entre os marcos da humanidade que contribuíram para o aumento da expectativa e da qualidade de vida. "As vacinas salvam vidas. Graças ao avanço da medicina, hoje já é possível prevenir mais de 20 doenças importantes em diferentes faixas etárias. No Brasil, conseguimos erradicar a poliomielite. Chegamos a ter o selo de eliminação do sarampo, que infelizmente foi perdido no ano passado, o que traz um alerta para toda a sociedade que conquistas como essas dependem de uma ação coletiva em prol de estarmos em dia com as nossas vacinas", ressalta.
Como forma de conscientizar a população sobre a importância da iniciativa, o Ministério da Saúde implementou, em 1973, o Programa Nacional de Imunizações, que estabeleceu um calendário nacional de vacinação contra as principais doenças que acometem crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
Segundo Melissa, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o calendário de vacinação deve ser seguido por toda a vida. "É um engano pensar que na fase adulta não há mais vacinas para tomar. Quem está com a carteira desatualizada coloca em risco não apenas a própria saúde, mas a de todos, já que pode se tornar um transmissor de doenças, em especial para os grupos mais vulneráveis", alerta.
Nos últimos anos, um movimento de pessoas que são contra a imunização, chamado de "anti-vacinas", tem preocupado as autoridades de saúde e os médicos. "Os movimentos anti-vacinas são tão perigosos quanto agentes infecciosos, como vírus e bactérias, porque ameaçam reverter o progresso alcançado no combate às doenças evitáveis", complementa.
A Covid-19 mostra ao mundo o que a falta de uma vacina pode trazer de consequências negativas a nível individual e social. "Não podemos esquecer o surto de febre amarela, em Minas Gerais, em dezembro de 2016, que se estendeu por vários estados em áreas com baixas coberturas vacinais e áreas que não eram de risco para a doença, elevando a mortalidade em cerca de 30% em pessoas acometidas pelo vírus. Não seguir o calendário de vacinação é uma escolha irresponsável com as vidas das pessoas, sob o aspecto social pode se enquadrar como um crime contra a saúde pública. Por isso, não podemos retroceder quando o assunto é vacinação e este dia vem nos chamar atenção para este tema tão importante", finaliza a especialista daDoctoralia, Melissa Palmieri.
Veja também
Últimas notícias
Projeto de Cibele Moura vai transformar Igreja de São Bastião de Arapiraca em Patrimônio Imaterial
Fim de semana tem predomínio de sol, mas baixa umidade relativa do ar preocupa
Casa da Mulher Alagoana registra aumento de atendimentos e amplia proteção às vítimas
Jovem com câncer de testículo assistência oncológica no Hospital Metropolitano
Iluminação de Natal no Parque Massay-ó-k encanta maceioenses e turistas
Prazo para cadastro e recadastro do Vamu Escolar começa dia 2 de janeiro
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
