Governador do Amazonas é alvo de buscas da PF por fraudes na saúde
No esquema identificado pelo MPF e pela PF, o governo do estado comprou, com dispensa de licitação, 28 respiradores

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal cumprem, nesta terça-feira (30), mandados de prisão temporária contra 8 pessoas, além de buscas e apreensões em 14 endereços de pessoas ligadas ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).
As medidas foram determinadas pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e incluem o bloqueio de bens no valor de R$ 2,9 milhões.
Lima é alvo de buscas e bloqueio de bens como parte da Operação Sangria. São apuradas suspeitas de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, peculato, delitos da lei de licitações, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro.
De acordo com a investigação, uma organização criminosa instalada no governo do Amazonas atuaria com o objetivo de desviar recursos públicos destinados a atender as necessidades da pandemia de Covid-19.
Os investigadores identificaram compras superfaturadas de respiradores, direcionamento na contratação de empresa, lavagem de dinheiro e montagem de processos para encobrir os crimes praticados. Os crimes teriam participação direta do governador.
No esquema identificado pelo MPF e pela PF, o governo do estado comprou, com dispensa de licitação, 28 respiradores de uma importadora de vinhos. Neste contrato a suspeita de superfaturamento é de, pelo menos, R$ 496 mil.
Os equipamentos vendidos pela importadora foram adquiridos de uma empresa fornecedora de equipamentos de saúde por R$ 2,480 milhões e revendidos, no mesmo dia, por R$ 2,976 milhões ao estado.
Em nota publicada nesta terça pelo MPF, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo diz que as investigações permitiram, até o momento, "evidenciar que se está diante da atuação de uma verdadeira organização criminosa (...) instalada nas estruturas estatais do governo do estado do Amazonas".
“Os fatos ilícitos investigados têm sido praticados sob o comando e orientação do governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, o qual detém o domínio completo e final não apenas dos atos relativos à aquisição de respiradores para enfrentamento da pandemia, mas também de todas as demais ações governamentais relacionadas à questão", destaca a subprocuradora.
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