Contra crise da Covid, produtoras se unem para promover shows em drive-in
Noves produtoras de Brasília juntaram forças para realizar o Drive Show. Setor de entretenimento teve, ao menos, 300 mil eventos cancelados
O setor do entretenimento, mais especificamente o que atua voltado para a realização de shows e festas, viu suas atividades pararem completamente desde a eclosão da pandemia de Covid-19. A palavra da vez, entre empresários, então, é “reinvenção”. Após o boom das lives, as apresentações em drive-ins viraram a aposta do segmento.
Sem conseguir trabalhar por conta das limitações impostas pela pandemia, nove produtoras do Distrito Federal, que antes concorriam por datas e artistas, uniram forças em um projeto: o Drive Show.
A Influenza, AC Eventos, Verri&Verri, Flap Live Marketing, Giral Projeto, Time, OhArtes!, Pissu Produções e R.A. Eventos, em ação inédita, aceitaram juntos o desafio de criar entretenimento em meio ao novo normal. “É uma reunião de várias produtoras, somando toda a experiência são mais de 100 anos de evento”, brinca Bruno Barra, da Flap. Apesar de todo o conhecimento da área, o grupo admite que promover shows para uma platéia de carros é algo totalmente novo.
“A gente está vendo o setor se unindo de um modo geral. Pensamos em um formato mais introspectivo, com as pessoas nos carros, mas também com ferramentas interativas”, explica Pedro Batista, da Influenza. O primeiro show será do grupo Capital Inicial, em 14 de agosto – veja aqui a programação.
O vocalista da banda, Dinho Ouro Preto, comemora a possibilidade de se apresentar novamente para o público. “Estamos longe dos palcos há mais de quatro meses. Há mais de 20 anos que não paramos há tanto tempo. Estamos sedentos para voltar à ativa, e a volta será no drive-in. Será nossa reconexão com a plateia”, afirma.
Setor em mutação
Além dos shows musicais, o Drive Show apresenta uma série de espetáculos de comédia, com nomes como Leandro Hassum e Mau Meirelles. “Temos uma vontade de que seja algo multicultural, que possibilite a presença de criança e do pessoal mais velho”, antecipa João Maione, da OhArtes!. A diversidade é a arma do grupo para ganhar terreno em meio às dificuldades do setor.
Do ponto de vista dos produtores, estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre os impactos da Covid-19 na economia criativa aponta que 88,6% das empresas do setor registraram queda de faturamento e 35,1% recorreram a empréstimos bancários.
“Toda a cadeia produtiva precisou repensar a estrutura. Os artistas estão se apresentando por valores mais baixos e os prestadores (de serviço) reconhecem que os custos mudaram. Essa união é essencial para quando estivermos de volta à normalidade, pois teremos que estudar uma forma unida de voltar às atividades”, garante Pedro Batista.
Drive ShowA partir de 14 de agosto. Ingressos à venda nos sites Furando a Fila e O Que Vem Por Aí. Valores entre R$ 100 e R$ 480. Máximo de quatro pessoas por carro. Carga máxima de 600 ingressos por show
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