Município transfere administração de cemitério e dificulta enterros na Lagoa do Rancho
Parentes reclamam da burocracia e da necessidade de deslocamento até o Pio XII para resolver sepultamento
A transferência da administração do cemitério da Lagoa do Rancho para o cemitério Pio XII está causando transtorno para os moradores da comunidade. Na semana passada, parentes de uma idosa que morreu de causas naturais tiveram dificuldade em obter a documentação necessária para sepultar a mulher no túmulo que pertence à família.
"A gente já está passando por uma situação extremamente difícil, sem cabeça para lidar com essas papeladas todas, e descobre que precisa ir até a cidade para resolver o que a gente resolvia antes aqui", conta um parente da idosa, que entrou em contato com o 7Segundos na manhã desta segunda-feira (21). Segundo ele, a família passou a reunir a documentação necessária para o sepultamento, assim que o óbito foi confirmado, mas em decorrência da burocracia, por pouco não teve que atrasar o enterro.
O parente, que pediu para não ter o nome revelado, afirmou que o cemitério da Lagoa do Rancho não está superlotado, como é o caso de outros localizados na zona rural do município e que como a família dele já tem túmulo no local, esse problema não era uma dificuldade para eles. Após reunir os documentos necessários, ele se dirigiu até o cemitério e descobriu que a servidora pública que trabalhava como administradora do local havia sido transferida para o cemitério Pio XII, com isso, ele precisou conseguir um transporte até o campo santo para resolver a situação.
"Quando consegui chegar, passava poucos minutos do meio-dia e a administradora havia saído para almoçar e só chegava às 2h da tarde. Então voltei para casa e e tive que ir lá novamente para resolver. A sorte era que estava tudo certo com a documentação, porque senão o enterro poderia ter atrasado", declarou.
A administração do Pio XII confirmou que a funcionária responsável pela parte administrativa do cemitério da Lagoa do Rancho havia sido transferida para lá porque no cemitério do povoado não há estrutura de trabalho. A administração confirmou também o funcionamento em horário comercial.
"A gente já está passando por um momento tão difícil e eles ainda dificultam mais. Em vez de trazer mais serviços para quem mora longe da cidade, ainda tiram o pouco que temos aqui", reclamou.
A assessoria de comunicação da prefeitura de Arapiraca informou, no início da tarde, que a transferência da parte administrativa do cemitério ocorreu na gestão anterior.
"Essa transferência aconteceu há alguns anos, pelo fato do cemitério não ter uma estrutura para manter uma pessoa trabalhando. Não havia banheiro e nem uma sala lá no local. Ocorre que há alguns anos atrás, o administrador do cemitério era uma pessoa contratada que morava na comunidade e as pessoas iam na casa dele para resolver as questões referentes aos sepultamento. A gestão anterior fez PSS e a pessoa aprovada para administrar o cemitério não é da comunidade e não teve condições de executar seu trabalho no local. Então ficou acordado, pelo fato de o cemitério não ter estrutura, para essa pessoa ir para a central, que funciona no Pio XII. A prefeitura tem ciência desse e de outros problemas e já visualizou projeto em curto espaço de tempo para estruturar um local de trabalho, senão dentro do cemitério, mas em um anexo nas proximidades. A prefeitura está trabalhando para que o problema seja contornado", informou.
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