Doenças, insetos e acidentes são consequências do descarte irregular de lixo
O descarte irregular de material como vidros e outros objetos perfurocortantes pode causar ferimentos
O descarte irregular de lixo nas áreas urbana e rural de Arapiraca, , além de deixar a paisagem da cidade feia e com o aspecto de suja, causa também a proliferação de ratos, baratas e outros animais que são transmissores de doenças. O descarte irregular de material como vidros e outros objetos perfuro-cortantes também pode causar acidentes.
A quantidade de resíduos descartados pelas ruas de Arapiraca é uma preocupação constante para o poder público. Em vários bairros são encontradas verdadeiras montanhas de lixo, principalmente em terrenos baldios, com entulho de construção civil, pneus velhos, lixo doméstico e até mesmo móveis. A prática prejudica o meio ambiente, saúde e também a economia do município. Vale salientar que esse tipo de prática se configura crime ambiental.
Para intensificar as ações de combate ao descarte irregular de resíduos em Arapiraca, a Prefeitura criou o Programa Nossa Arapiraca Limpa, que tem o objetivo de convidar a população a cuidar da cidade em parceria com o poder público.
De acordo com o secretário Roany Izidoro, que responde pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos, as equipes de Limpeza Urbana estão trabalhando para acabar com todos os pontos críticos espalhados pelos quatro cantos de Arapiraca.
“Só nos primeiros quarenta dias de trabalho, cerca de 15 mil toneladas foram retiradas das ruas, praças e terrenos baldios da nossa cidade. Entulho produzido pelos arapiraquenses e que são descartados de forma irresponsável”, explicou.
Os recursos financeiros dispensados pela prefeitura para dar destino correto a esses resíduos são grandes e poderiam ser utilizados para outras obras e serviços públicos, melhorando a infraestrutura urbana de Arapiraca.
Crime Ambiental
Infelizmente essa realidade é vivida em boa parte das cidades brasileiras. De acordo com um estudo desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente, pelo menos 56% dos municípios do país sofrem para destinar corretamente os resíduos descartados pelas ruas.
De acordo com a professora do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura da USP, Adriana Maria Nolasco, os danos vão muito além da estética urbana.
“Essa prática gera danos incontáveis, dentre os quais estão a contaminação do solo, poluição do ar e riscos à Saúde Pública”, disse ela.
Ainda segundo a especialista, políticas públicas são fundamentais, mas sozinhas não conseguem resolver o problema. “O gerador do lixo também é encarregado de procurar meios para descartar resíduos de forma adequada”, deixou claro.
“É preciso uma consciência social de que o lixo custa caro, e quem paga é o próprio contribuinte. Precisamos reforçar o hábito ente as empresas e o cidadão comum de que o descarte, seja de lixo doméstico ou de empresas, não pode ser feito de qualquer forma. A responsabilidade é definitivamente de todos e cada um precisa rever seu papel. Uma Arapiraca limpa é dever de todos”, comentou Roany.