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Cão ferido entra sozinho em clínica veterinária e recebe tratamento no interior do Ceará

Animal de rua tinha um ferimento na pata e foi diagnosticado com um tumor após entrar no estabelecimento

Por G1 CE 09/03/2021 10h10 - Atualizado em 09/03/2021 11h11
Cão ferido entra sozinho em clínica veterinária e recebe tratamento no interior do Ceará
Cão ferido entra sozinho em clínica veterinária e recebe atendimento - Foto: Reprodução

Um cachorro vira-lata entrou sozinho em uma clínica veterinária e recebeu atendimento de uma profissional, no Centro de Juazeiro do Norte, no Ceará. A cena do animal entrando na clínica foi registrada por uma câmera de segurança do local. O caso aconteceu no sábado (6). A médica veterinária percebeu um ferimento na pata do animal e, após avaliação, ele também foi diagnosticado com um tumor.

Nas imagens é possível ver o cachorro se aproximando da porta e entrando no estabelecimento. Ele faz movimentos com uma das patas e parece "pedir ajuda", quando a veterinária se aproxima e faz a verificação. A mulher que aparece nas imagens ajudando o cão é a médica veterinária Deyse Silva.

Deyse diz que o animal pode ter entrado na clínica por farejar a presença de outros animais que estavam em atendimento no local.

Acostumada a ver cães de rua passarem na frente da clínica, a veterinária se surpreendeu com o fato de o animal entrar sozinho no local. "Ele é de rua, não tem dono, veio sozinho para cá. Olhei nas imagens da câmera que fica do lado de fora e vi ele deitado embaixo de uma árvore momentos antes de vir e entrar na loja", disse.

A profissional detectou problemas de saúde no cão. "Ele chegou quietinho, mostrou a patinha e eu fui lá ver o que estava acontecendo e de pronto percebi que ele tinha um sangramento na região peniana, mas existia um problema bem maior que só diagnosticamos depois. Ele tem um tumor venéreo transmissível, comum em animais de rua. Ele também tinha um ferimento causado por uma unha que estava encravada", relatou a veterinária

Ainda sem nome, o cão vai precisar ficar internado por, no mínimo, 30 dias, por causa do tumor cancerígeno. Ele vai receber tratamento de quimioterapia. Em seguida, será disponibilizado para adoção, segundo Deyse.

A veterinária, que faz parte de uma associação protetora de animais e tem o costume de colocar ração e água na frente da clínica para alimentar animais de rua, não esconde a satisfação em ter ajudado o cachorro. "Fico muito feliz em poder ajudar. É uma prática comum na minha clínica, se Deus permitir, ele vai encontrar um lar muito bom para ele", diz Deyse.