Polícia

Operação desarticula quadrilha que sonegava impostos com a venda de aves em AL e PE

Na ação foram cumpridos 14 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão

Por 7Segundos com assessoria 08/04/2021 06h06 - Atualizado em 08/04/2021 08h08
Operação desarticula quadrilha que sonegava impostos com a venda de aves em AL e PE
Operação Feudal apreende grande quantidade de dinheiro - Foto: SSP

Equipes de segurança deflagraram, na manhã desta quinta-feira (08), uma operação para desarticular três organizações criminosas independentes estruturalmente ordenadas e caracterizadas pela divisão de tarefas, responsáveis pela venda, aquisição e distribuição de aves com sonegação de impostos. O grupo teria  atuação em municípios de Alagoas e Pernambuco. Cinco pessoas foram presas em AL e duas em PE.

Na ação foram cumpridos 14 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.


Coordenada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e com a participação de equipe da Polícias Civil e Militar, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Arapiraca, Palmeira dos Índios, Ibateguara, São José da Tapera e Penedo, localizadas no estado de Alagoas e nas cidades de Garanhuns e Correntes, localizadas no estado de Pernambuco.

Em uma das residências alvo da operação em Arapiraca foram apreendidos mais de R$ 100 mil em espécie. Houve apreensão de dólar e euro. O valor total apreendido durante a operação ainda será divulgado porque há cofres que ainda serão abertos.  

Segundo informações da polícia, um fiscal da Adeal que participava do esquema fraudulento está foragido. Esse fiscal tem residência fixa em Ibateguara, região Norte de Alagoas. 

A operação é fruto de um trabalho investigativo da Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), realizada de forma integrada com o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv).

As Organizações Criminosas são responsáveis, em tese, pela prática de condutas graves, tais como a aquisição e distribuição de aves (frangos) em transportes irregulares, com ausência do cumprimento de requisitos sanitários, sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, comercialização irregular de aves impróprias para consumo e comercialização de armas de fogo.


A operação ganhou o nome de “Pirâmide Feudal”, porque a estrutura das ORCRIMS comparava – se a de uma Pirâmide, sendo os donos das granjas igualados aos Reis, que enriqueciam através da sonegação fiscal, adulteração de documentos e venda de frangos inapropriados para consumo mediante corrupção de Agente Público; os donos das avícolas equiparavam-se ao Clero que em conjunto com a Nobreza e os Servos faziam de tudo para que suas compras em suas avícolas sem maiores problemas, sobretudo com as fiscalizações; os intermediadores, lobistas e negociantes por sua vez assemelhavam-se à Nobreza, que faziam com que a ORCRIM funcionasse sonegando impostos, corrompendo pessoas, e sobretudo burlando as fiscalizações; e por fim, os envolvidos na parte de transporte , segurança, escolta e os informantes seriam os Servos que cooperavam para que a mercadoria chegasse a seu destino final.

Para o cumprimento dos mandados durante a operação integrada foram empregados o BPRv, o Grupamento Aéreo e a DEIC.

Todos os indivíduos e materiais apreendidos foram encaminhados para a sede da DEIC, no bairro da Santa Amélia, para a confecção dos procedimentos cabíveis.