Funcionários da LG recusam proposta de indenização e iniciam greve na fábrica em Taubaté
Na última semana, empresa sul-coreana anunciou fim da produção na fábrica no interior de São Paulo, o que pode impactar na demissão de cerca de 700 trabalhadores
Funcionários recusaram proposta de indenização oferecida pela LG e iniciaram uma greve na fábrica de Taubaté (SP). Na última semana, a empresa anunciou o fim da produção na cidade, com o fechamento da divisão de celulares e a transferência do setor de monitores e notebooks para Manaus
O fim da produção da sul-coreana em Taubaté deve afetar cerca de 700 dos 1 mil trabalhadores da unidade. A LG deve manter apenas os setores de call center e assistência técnica na cidade.
A votação aconteceu na porta da fábrica na manhã desta segunda-feira e a proposta da LG para indenizar os trabalhadores que serão demitidos foi recusada. Na assembleia, os trabalhadores também aprovaram uma greve por tempo indeterminado.
A proposta de indenização social apresentada varia de R$ 8 mil a R$ 35,8 mil, conforme tempo de trabalho na empresa. Pela proposta, os trabalhadores demitidos também teriam plano médico até janeiro de 2022 e PLR.
Proposta de indenização social:
-Admitidos a partir de 01/01/2020: R$ 8.000,00
-02 a 07 anos completos: R$19.353,00
-08 a 13 anos completos: R$ 30.000,00
-14 a 18 anos completos : R$ 32.901,00
-Acima de 19 anos completos: R$ 35.804,00
A empresa foi procurada para comentar sobre o assunto, mas não retornou até a última atualização da reportagem.
Fim da produção em Taubaté
A LG anunciou o encerramento global da produção de celulares e a transferência da linha de monitores e notebooks para a fábrica de Manaus (AM), onde já produz aparelhos de ar-condicionado, geladeiras e outros eletrodomésticos da chamada linha branca.
A decisão de encerrar a produção em Taubaté está ligada principalmente na saída da sul-coreana do mercado de celulares. A fábrica no interior de São Paulo era a única da companhia no país voltada para a produção de smartphones.
Com a queda na produtividade da planta, a empresa decidiu pela transferência do setor de monitores e notebooks para outra unidade.
A decisão de deixar o mercado de celulares ocorreu após sucessivas perdas no setor. Desde o início do ano, a empresa falava sobre a possibilidade, chegando a comentar com a imprensa na Coreia sobre a intenção de vender o nicho para outra empresa. Apesar disso, as tentativas de negociação não tiveram sucesso.
Cadeia produtiva
A medida não impacta apenas a LG, mas as empresas terceirizadas. Ao todo, três empresas fornecem insumos e montagem de celulares para a sul-coreana, duas delas em Caçapava e outra em São José dos Campos.
De acordo com o sindicato, após o anúncio as empresas informaram também o fechamento, porque a maior parte da demanda de produção seria da LG. Com isso, cerca de 430 trabalhadores devem ser demitidos, a maior parte mulheres.
A entidade marcou também para esta segunda-feira (12) um protesto em frente a fábrica pedindo que a empresa abra negociação também para minimizar os impactos para os funcionários terceirizados.
Últimas notícias
Concluintes de cursos de tecnologia fazem Enade 2025 neste domingo (23)
Polícia Militar apreende menor com drogas e quantia em dinheiro em Piranhas
PM e Corpo de Bombeiros fiscalizam casas de evento em Marechal Deodoro
3º BPM registra recorde e lidera número de prisões em Alagoas no mês de outubro
Lula evita comentar decisão do STF sobre prisão de Bolsonaro
Carreta pega fogo na BR-316, em Maribondo; bombeiros são acionados
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Motociclista perde controle e cai na AL 220, em Limoeiro de Anadia
Ex é presa suspeita de matar médico em Arapiraca; ela o acusou de estuprar a filha deles
