Polícia

[Vídeo] Quadrilha se escondia na zona rural de Igreja Nova e era monitorada há 6 meses

Criminosos ainda planejavam utilizar explosivos em agência bancária de Igreja Nova, segundo delegado da Deic

Por Sete Segundos 02/06/2021 18h06
[Vídeo] Quadrilha se escondia na zona rural de Igreja Nova e era monitorada há 6 meses
Agentes da Deic cercam casa utilizada como esconderijo por assaltantes em Igreja Nova - Foto: Cortesia

A reportagem do Portal 7Segundos mostrou a casa utilizada como abrigo e esconderijo pelos criminosos que segundo a polícia, estavam prestes a atacar uma agência bancária na cidade de Igreja Nova, no Baixo São Francisco, e foram interceptados pela polícia através da Deic. A casa fica numa localidade deserta e sem vizinhos. A residência mais próxima fica a mais ou menos 3 Km de distância, numa localidade conhecida como povoado “Remendo”. Durante o trajeto até ao local onde os bandidos estavam escondidos, havia muita lama na estrada devido às recentes chuvas na região. Também chamou a atenção da equipe de reportagem a grande quantidade de cascalho espalhada pelas estradas vicinais próximas ao local onde fica a casa. O alvo da tentativa frustrada de assalto seria a agência do banco do Brasil do município de Igreja Nova, que desde o mês de setembro de 2018 não sofre ataques de criminosos.

Silêncio

Perguntados sobre a presença dos criminosos na região, muitos moradores preferiam não comentar nada a respeito. Outros falavam apenas que não sabiam que havia assaltantes escondidos por ali, e outros até nos alertavam a ter cuidado ao andar pelo local porque o comentário era que havia mais integrantes da quadrilha escondidos na região. 

Delegado

O delegado Gustavo Xavier, da Deic (Divisão Especial de Investigação e Capturas), falou ao Portal Sete Segundos sobre a ação da polícia realizada na madrugada desta quarta-feira (02) que resultou na morte de sete criminosos, integrantes de uma quadrilha que, segundo a polícia, planejava assaltar uma agência bancária na cidade de Igreja Nova, região do Baixo São Francisco. Segundo o delegado Gustavo Xavier, a ação foi executada pela Deic em conjunto com o Cope (Centro de Operações Policiais Especiais) do estado de Sergipe, que é uma unidade da Polícia Civil sergipana similar à Deic.

Monitoramento


O Delegado Gustavo Xavier disse que a quadrilha estava sendo monitorada há seis meses e que os integrantes desta mesma organização criminosa já havia realizado um outro crime contra uma instituição financeira em Sergipe há mais ou menos dois meses, conseguindo levar uma quantia significativa desta ação criminosa. “Foi aí que percebemos que eles estavam com a intenção de cometer esse crime de furto às agências bancárias com a utilização de explosivo também aqui na nossa região. Então identificamos algumas pessoas e aguardamos o momento exato para frustrar objetivo deles e conseguimos, nós não permitimos que eles executassem o crime, que eles consumassem o crime aqui no nosso estado”

Ação


O delegado contou que a ação da polícia se deu quando os criminosos se aproximaram da cidade por estradas vicinais e quando perceberam que a polícia estava na área, tentaram empreender fuga chegando até a capotar um veículo dentro de uma área muito úmida. “Nós, ainda em perseguição, acabamos encontrando os suspeitos na zona rural. Foi quando houve uma intensa troca de tiros e eles estavam utilizando diversos armamentos, como espingardas calibre 12, pistolas, metralhadora e até fuzil”, contou o delegado Gustavo Xavier.

Além das armas, a polícia aprendeu com os suspeitos vários artefatos prontos para serem utilizados na explosão de caixas eletrônicos e cofres, possivelmente. Três indivíduos da quadrilha morreram ainda na zona rural de igreja nova e outros quatro na região de Propriá, em Sergipe, todos integrantes de uma única organização que se dividiram no momento da fuga, informou o delegado.

“Tudo foi resultado do excelente trabalho da segurança pública no estado de Alagoas em parceria com a Segurança Pública de Sergipe, que possibilitou tirar de circulação essas pessoas que aterrorizam não só a população com esse tipo de crime, como também à segurança pública, já que, por vez, eles destroem delegacias, GPMs, além de causar vários danos à instituição financeira e à população que as utiliza e muitas vezes têm que se deslocar para outras cidades quando a sua agência bancária é atacada e explodida pelos assaltantes”, disse o delegado, que contou ainda que a polícia alagoana está atenta através da sessão de roubo a bancos da DEIC”, complementou o delegado Gustavo Xavier.