Juíza quebra o sigilo bancário e fiscal do apóstolo Valdemiro Santiago
É a segunda vez neste ano que uma medida desse tipo é tomada pela Justiça em processos envolvendo a Mundial

A juíza Rossana Luiza de Faria determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus.
A decisão, que atinge também as contas de Mateus Machado de Oliveira, ex-presidente da igreja, foi tomada em decorrência de uma dívida no aluguel de um imóvel em Carapicuíba, na Grande São Paulo, no qual funcionava um templo da Mundial.
O proprietário do imóvel cobra cerca de R$ 248 mil da igreja, entre aluguéis e encargos. O advogado Carlos Alberto Pereira, que representa o locador, disse à Justiça haver indícios de que valores doados pelos fiéis foram "ocultados" nas contas bancárias de Valdemiro.
O sigilo foi quebrado pela Justiça justamente para descobrir se há confusão patrimonial entre as contas da igreja, do apóstolo e do ex-presidente.
É a segunda vez neste ano que uma medida desse tipo é tomada pela Justiça em processos envolvendo a Mundial, uma das maiores igrejas evangélicas do país.
Na prática, no entanto, a investigação não foi realizada na primeira vez porque a igreja quitou a dívida assim que a quebra do sigilo bancário foi noticiada pelo UOL, em março. Com o pagamento, a Justiça revogou a medida.
Na defesa apresentada no processo de Carapicuíba, Valdemiro disse que não pode ser alvo da cobrança, pois não faz parte do estatuto social da igreja e tampouco assinou o contrato de locação como fiador.
O apóstolo disse ainda que o proprietário do imóvel não apresentou nenhum indício de haver confusão patrimonial entre as suas contas e as da igreja. "São apenas suposições construídas pela mídia."
Mateus Machado de Oliveira, ex-presidente, disse não fazer mais parte da administração da Mundial e que não possui qualquer responsabilidade em relação à igreja.
A Igreja Mundial não contesta a dívida com o locador do imóvel, mas questiona os valores cobrados. Afirma que seriam R$ 202 mil, e não R$ 248 mil.
O advogado Carlos Alberto Pereira, que representa o proprietário do imóvel, disse à Justiça que a tentativa de Valdemiro de se eximir do vínculo direto com a Igreja Mundial soa "estranha" e até "leviana", já que é notória "sua representatividade na instituição".
Valdemiro e Mateus ainda podem recorrer da quebra de sigilo.
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