Projeto do Ifal e cooperativa de leite implanta unidades demonstrativas para produção de forrageiras no sertão
Proposto pela Coopaz e desenvolvido pelo Campus do Ifal de Batalha, projeto é financiado pelo Banco do Nordeste e tem o objetivo de formar bancos de forragens na bacia leiteira
Um projeto desenvolvido pelo Campus do Ifal da cidade de Batalha, no sertão alagoano, está implantando unidades demonstrativas de plantas forrageiras em cinco município da Região da Bacia Leiteira: Batalha, Jacaré dos Homens, Belo Monte, Major Isidoro e Monteirópolis. As forrageiras são espécies de plantas que servem para a alimentação animal, especialmente dos rebanhos bovinos, por isso são cultivadas nos ambientes onde são realizadas as pastagens.
Área utilizada para a implantação do projeto de unidades demonstrativas de plantas forrageiras na Bacia Leiteira. Foto: cortesia
Coordenado pelo professor Magno Abreu, Chefe de Departamento de Ensino do Campus Ifal Batalha, o projeto, que foi proposto pela Coopaz (Cooperativa Agropecuária de Produtores de Leite familiar da Bacia Leiteira de Alagoas), é financiado pelo Fundeci (Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e Inovação), ligado ao Banco do Nordeste, e conta com a parceria da Coopaz – Cooperativa Agropecuária de Produtores de Leite Familiar da Bacia Leiteira de Alagoas. Um técnico que é ex-aluno do Campus do Ifal de Batalha e alunos bolsistas do campus também participam da execução do projeto.
“A Coopaz, que é o proponente, nos procurou e nós do Ifal que somos os executores, inscrevemos esse projeto para então, desenvolver a ideia de montar unidades demonstrativas na região do da bacia leiteira através do órgão financiados que é o Banco do Nordeste. São seis unidades demonstrativas em cinco cidades diferentes para demonstrar essa integração com plantas proteicas formando um um banco de forrageiras”, disse o professor Magno Abreu.
Mudas de plantas forrageiras selecionadas para o projeto. Foto: cortesia
As espécies de plantas utilizadas no projeto são a palma forrageira, a leucena, a moringa e a gliricídia. O professor Magno Abreu explicou que a moringa é uma hortaliça arbórea, e a leucena e a gliricídia são leguminosas com alto potencial de fixação de nitrogênio no solo capaz de produzir entre 20% e 30% de proteína, e muito resistentes ao estresse hídrico, ou seja, a escassez de água, típica do clima da região. O professou acrescentou que a escolha dessas plantas se deu para que durante todo o ano haja uma oferta satisfatória de forrageiras para o gado leiteiro da região. “Quando passar ou pelo menos amenizar esse período de pandemia a gente pretende fazer dias de campo para apresentar o projeto aos agricultores e capacitá-los, além de divulgá-lo para os órgãos ligados ao setor agropecuário de Alagoas”, disse o professor.
Técnico e alunos bolsistas contratados pelo Ifal para participar do projeto. Foto: cortesia
Objetivo
O projeto da implantação do banco de forragens tem o objetivo de promover o fortalecimento da agricultura familiar na Bacia Leiteira de Alagoas e contribuir com a melhoria da eficiência econômica e produtiva da bovinocultura de leite desenvolvida por agricultores familiares do Território da Bacia Leiteira alagoana a partir da introdução de tecnologias sustentáveis para alimentação animal com a implantação dessas unidades demonstrativas de bancos de forragens em comunidades rurais da região.
Plantas forrageiras são utilizadas na pastagem para reforçar a nutrição do rebanho leiteiro. Foto: cortesia
Capacitação
O projeto também prevê a capacitação dos produtores rurais no sistema de ILPF (Integração Lavoura Pecuária e Floresta) e o treinamento das lideranças comunitárias sobre estratégia para redução de custos e aumento da produtividade na bovinicultura do leite, além de promover a transferência de tecnologias para promover o manejo e o cultivo adequados dos bancos de forragens utilizando as espécies nativas da caatinga selecionadas.