Bacia Leiteira

Projeto do Ifal e cooperativa de leite implanta unidades demonstrativas para produção de forrageiras no sertão

Proposto pela Coopaz e desenvolvido pelo Campus do Ifal de Batalha, projeto é financiado pelo Banco do Nordeste e tem o objetivo de formar bancos de forragens na bacia leiteira

Por 7segundos 26/06/2021 12h12
Projeto do Ifal e cooperativa de leite implanta unidades demonstrativas para produção de forrageiras no sertão
Unidades demonstrativas de plantas forrageiras de projeto do Ifal Batalha com Coopaz - Foto: Cortesia

Um projeto desenvolvido pelo Campus do Ifal da cidade de Batalha, no sertão alagoano, está implantando unidades demonstrativas de plantas forrageiras em cinco município da Região da Bacia Leiteira: Batalha, Jacaré dos Homens, Belo Monte, Major Isidoro e Monteirópolis. As forrageiras são espécies de plantas que servem para a alimentação animal, especialmente dos rebanhos bovinos, por isso são cultivadas nos ambientes onde são realizadas as pastagens.

Área utilizada para a implantação do projeto de unidades demonstrativas de plantas forrageiras na Bacia Leiteira. Foto: cortesia

Coordenado pelo professor Magno Abreu, Chefe de Departamento de Ensino do Campus Ifal Batalha, o projeto, que foi proposto pela Coopaz (Cooperativa Agropecuária de Produtores de Leite familiar da Bacia Leiteira de Alagoas), é financiado pelo Fundeci (Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e Inovação), ligado ao Banco do Nordeste, e conta com a parceria da Coopaz – Cooperativa Agropecuária de Produtores de Leite Familiar da Bacia Leiteira de Alagoas. Um técnico que é ex-aluno do Campus do Ifal de Batalha e alunos bolsistas do campus também participam da execução do projeto. 

“A Coopaz, que é o proponente, nos procurou e nós do Ifal que somos os executores, inscrevemos esse projeto para então, desenvolver a ideia de montar unidades demonstrativas na região do da bacia leiteira através do órgão financiados que é o Banco do Nordeste. São seis unidades demonstrativas em cinco cidades diferentes para demonstrar essa integração com plantas proteicas formando um um banco de forrageiras”, disse o professor Magno Abreu.

Mudas de plantas forrageiras selecionadas para o projeto. Foto: cortesia

As espécies de plantas utilizadas no projeto são a palma forrageira, a leucena, a moringa e a gliricídia. O professor Magno Abreu explicou que a moringa é uma hortaliça arbórea, e a leucena e a gliricídia são leguminosas com alto potencial de fixação de nitrogênio no solo capaz de produzir entre 20% e 30% de proteína, e muito resistentes ao estresse hídrico, ou seja, a escassez de água, típica do clima da região. O professou acrescentou que a escolha dessas plantas se deu para que durante todo o ano haja uma oferta satisfatória de forrageiras para o gado leiteiro da região. “Quando passar ou pelo menos amenizar esse período de pandemia a gente pretende fazer dias de campo para apresentar o projeto aos agricultores e capacitá-los, além de divulgá-lo para os órgãos ligados ao setor agropecuário de Alagoas”, disse o professor.

Técnico e alunos bolsistas contratados pelo Ifal para participar do projeto. Foto: cortesia 

Objetivo

O projeto da implantação do banco de forragens tem o objetivo de promover o fortalecimento da agricultura familiar na Bacia Leiteira de Alagoas e contribuir com a melhoria da eficiência econômica e produtiva da bovinocultura de leite desenvolvida por agricultores familiares do Território da Bacia Leiteira alagoana a partir da introdução de tecnologias sustentáveis para alimentação animal com a implantação dessas unidades demonstrativas de bancos de forragens em comunidades rurais da região.

Plantas forrageiras são utilizadas na pastagem para reforçar a nutrição do rebanho leiteiro. Foto: cortesia  

Capacitação

O projeto também prevê a capacitação dos produtores rurais no sistema de ILPF (Integração Lavoura Pecuária e Floresta) e o treinamento das lideranças comunitárias sobre estratégia para redução de custos e aumento da produtividade na bovinicultura do leite, além de promover a transferência de tecnologias para promover o manejo e o cultivo adequados dos bancos de forragens utilizando as espécies nativas da caatinga selecionadas.