Aposentada que virou avó de todos os nenês do Hospital Regional retorna atividades
A técnica de enfermagem Vovó Andrade estava afastada desde o início da pandemia
Afastada de suas atividades durante a pandemia, a técnica de enfermagem Maria Andrade Mendonça Duarte, 67 anos, conhecida carinhosamente como “Dona Andrade” no Complexo Canguru do Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, comemorou o retorno com ainda mais entusiasmo do que muita gente.
Apaixonada pelo que faz - e já aposentada - ela até podia ficar sem trabalhar, mas isso está longe de seus desejos. “Eu fiquei em depressão. Não consigo estar longe daqui, dessas mãezinhas e seus filhos”, falou. De volta ao trabalho, ela é presença garantida durante três dias da semana - tempo suficiente para que ela transforme o ambiente num cenário de amor e dedicação.
“Ela é parte da família, um refúgio para os dias que passamos aqui”, falou Elania Fabrícia, mãe pela segunda vez. Em ambos os partos. Ela foi atendida no Hospital Regional de Arapiraca e precisou que os filhos fossem para a Unidade Canguru. “Ela nos dá segurança e reencontrá-la aqui foi muito bom. Ela traz paz e luz. É uma verdadeira avó”, falou a mãe da pequena Isadora, que nasceu prematura e aguardava por sua alta hospitalar.
O tempo que fica no local, Dona Andrade se dedica a cuidar dos recém-nascidos com toda técnica adquirida na profissão. Mas ela oferece mais. Recentemente foi protagonista da campanha que fazia polvinhos de crochê para os bebes - e que agora serão substituídos por mantas e outros itens. Foi dela também a ideia de “fantasiar” a criançada com as cores douradas, numa alusão ao Agosto Dourado, o mês da amamentação. Uma prática que ela repete sempre que o calendário permite. Afinal, os bebês já foram super-heróis, matutos juninos e tudo o que a criatividade da “vovó” permite.
Casada e mãe de três filhos adultos, Dona Andrade conta com o apoio da família nessa decisão de enfrentar a labuta, mesmo podendo descansar de uma jornada profissional iniciada há mais de 50 anos. “Eles entendem porque sabem que preciso disso para viver”, defende ela. “Quando estou em casa, ligo para saber como eles estão. Nas horas mais livres fico bordando e fazendo as roupinhas. Deus me deu tanto que quando peço algo, faço de cabeça baixa, porque tenho mais do que preciso”, completou Dona Andrade.
Para o provedor do Hospital, Geraldo Magela, o trabalho de Dona Andrade é digno de aplausos. “Ela alia a humanização e a qualidade no que faz representando o que o Hospital Regional precisa e quer ver em toda sua equipe”, falou. Já a coordenadora do Núcleo de Humanização, Eliane Felix, também destacou o trabalho da profissional. “Realmente é uma vocação. Tudo o que ela faz tem carinho, amor e responsabilidade. Ela é exemplo para todos”, colocou.
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