Instabilidade econômica e aumento no preço dos alimentos podem impactar merenda escolar
Em Arapiraca, segunda maior cidade de Alagoas, o valor destinado à merenda já ultrapassa os R$4 por aluno

Boa parte das escolas públicas já retomaram às aulas presenciais e, com elas, a merenda, que é a garantia de uma alimentação balanceada para os estudantes. Entretanto, a instabilidade econômica tem feito com que o preço dos itens presentes na merenda encareçam. Isso pode prejudicar a aquisição de alimentos por parte da direção das instituições.
Em um ano de pandemia, o preço dos alimentos subiu 15% no país, quase o triplo da taxa oficial de inflação do período, que ficou em 5,20%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Arroz e o feijão foram alguns dos alimentos que mais encareceram durante a pandemia. Segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas, o valor do arroz subiu 61%, enquanto o do feijão aumentou 69%.
O aumento tem pesado o bolso de quem vai aos supermercados ou mercearias. Para a dona de casa Edileuza Santos, de 50 anos, R$100 não dá mais para comprar quase nada.
"A gente vai ao supermercado e dá desespero. O carrinho sai cada vez mais vazio e os preços só sobem. Semana passada eu fui comprar itens que estavam faltando em casa e deu quase R$300. Não era feira do mês, era apenas alguns poucos itens", desabafou ela.
Os valores tem sido observados também para quem compra a alimentação escolar, principalmente porque os valores destinados à merenda não foram reajustados pelo Governo Federal. Prefeituras e Estados precisam, muitas vezes, fazerem mágica e "completarem" os recursos para garantir uma merenda de qualidade.
O governo federal destina R$1,07 para alunos matriculados nas creches; R$0,53 para pré-escola; R$0,64 para escolas indígenas e quilombolas; R$0,36 para Ensino Fundamental e Médio; R$0,32 para Educação de Jovens e Adultos; R$1,07 para Ensino Integral; R$2,00 para o Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral; e R$0,53 para alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado no contraturno.
Em Arapiraca, segunda maior cidade de Alagoas, o valor destinado à merenda já ultrapassa os R$4 por aluno. Para a secretária de Educação da Capital do Agreste, Ivana Carla, apesar do aumento no preço dos alimentos, a prefeitura não medirá esforços para garantir a manutenção da qualidade da merenda ofertada aos estudantes da Rede Pública Municipal.
"O aumento nos preços é uma reclamação constante de todos os diretores da nossa rede, mas já estamos criando estratégias para que esse aumento não prejudique a alimentação escolar", disse a gestora.
O Portal 7Segundos entrou em contato com a União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime), que informou que o aumento dos preços dos alimentos ainda não foi inserido como pauta da instituição.
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