Enquanto o processo de licenciamento ambiental para perfuração de petróleo na zona marítima da foz do Rio São Francisco não é concluído, a multinacional ExxonMobil iniciou trabalho de treinamento de comunidades ribeirinhas, nos municípios de Piaçabuçu - em Alagoas, Brejo Grande e Paracatuba - em Sergipe, para orientar moradores da região para situações como o derramamento de óleo cru.

As informações são da Sociedade Canoa de Tolda, que vem acompanhando a atuação da petrolífera internacional na implantação do Projeto SEAL, que pretende fazer perfurações em seis blocos localizados a 50 quilômetros da costa na região da foz do São Francisco. A entidade apontou falhas técnicas no relatório de impacto ambiental da ExxonMobil, que ignoraria os riscos da exploração do petróleo para a população ribeirinha e a biodiversidade do Velho Chico e se posiciona contra a concessão do licenciamento ambiental solicitado ao Ibama. Ministérios Públicos de Alagoas e Sergipe moveram ações a respeito de etapas do processo.

Por meio da empresa ERM, a ExxonMobil contratou dias empresas de consultoria para "convidar proprietários de embarcações e comunitários para o treinamento em técnicas de proteção e limpeza da costa". esses treinamentos aconteceram no final de outubro.

As atividades, no entanto, ocorreram sem autorização do Ibama, órgão responsável pelo licenciamento ambiental e aprovação das atividades da petroleira na região, conforme resposta recebida pela Sociedade Canoa de Tolda.