DNA criativo e coragem para empreender são ingredientes do sucesso de Mãos Talentosas
Francielly Rodrigues iniciou um pequeno negócio há 7 anos e atualmente domina o mercado em Arapiraca

O talento para trabalhar com os artigos manuais está no DNA da família. Francielly Rodrigues Silva tem tios e primos que produzem vários trabalhos artesanais como confecção de bolsas, colares, chinelas customizadas, pintura à mão, dentre outras habilidades. Neta de costureira e filha de bordadeira, a jovem empreendedora cresceu nesse universo criativo. Desde os 9 anos de idade já ajudava a mãe com as lembrancinhas para enxoval de bebê que os clientes encomendavam. Todo o trabalho artesanal era realizado na sala de casa.
O pequeno negócio em família foi se ampliando, e alguns anos depois a mãe dela montou uma loja no comércio de Arapiraca. Já aos 15 anos, Francielly continuava se aperfeiçoando nesse segmento de mercado ao lado de sua genitora. Ela atendia os clientes e fazia uma espécie de "croqui" colorido colocando no papel a ideia solicitada pela clientela. Depois o formato era aprimorado e ganhava vida nos bordados em tecidos, adereços e outros materiais.

Durante o período que trabalhou com a família até os 27 anos, Francielly Rodrigues viajou muito para o Sudeste do país trazendo novidades e inovações para o segmento de recém-nascidos. Foi na capital paulista, quando viajou para adquirir uma máquina industrial de bordados para a loja da mãe, que a visão empreendedora da arapiraquense foi despertada quando ela viu uma máquina à laser numa feira de negócios em São Paulo.
"Naquele momento eu pensei que se tivesse de montar um negócio pra mim seria com produção de peças de acrílico e mdf à laser", afirmou.
Mas na época o custo da máquina, equivalente ao valor de um carro popular, era quase impossível para a jovem empreendedora adquirir. Mas o destino já tinha reservado a estratégia para impulsioná-la para o empreendedorismo local.
Em 2014, a feira de São Paulo iria realizar um evento em Caruaru, e desta vez, Francielly e o esposo, Gilson de Almeida, venderam um dos carros que possuíam para dar entrada no valor da máquina e montar o ateliê. Durante um ano e meio o ateliê funcionou na casa dos parentes de esposo de Franciele, mas o talento da empreendedora logo conquistou novos clientes e o espaço usado na imóvel da família já não era suficiente.
"Surgiu a oportunidade de comprar esse terreno que era uma garagem. Nós derrubamos a estrutura e construímos o térreo. Atualmente o ateliê já tem mais dois andares", relatou.
O pioneirismo da empresária que em 2014 iniciou esse segmento de mercado em Arapiraca com coragem e determinação, já emprega cinco pessoas. Atualmente o ateliê Mãos Talentosas tem, além de Francielly e o esposo que cuidam da parte administrativa e financeira, um pintor, um designer, uma atendente, uma decoradora e um operador de máquina. E num futuro próximo, há planos de abrir uma filial do Mãos Talentosas.

Variedades dos produtos
Um dos diferenciais da loja Mãos Talentosas, além da qualidade e excelência dos produtos, é a variedade dos artigos produzidos que vão desde todo o ciclo que vai das lembrancinhas do noivado até o casamento, chá de bebê, quadros para o quarto na maternidade, batizados e até a formatura escolar.
Mas há também brindes e produtos personalizados para empresas, artigos religiosos, quadros decorativos para salas de residências. Outra característica da loja é a pontualidade na entrega dos produtos.
"Nós prezamos por esse compromisso com nosso cliente. Todos os pedidos são programados para entregar no dia e até mesmo antes do prazo estabelecido ", afirmou.

Solidariedade na pandemia
Além do dom de trabalhar com artesanato manual que está na genética familiar, Francielly tem outra característica que é peculiar a maioria dos empreendedores de sucesso: persistência e fé .
Ela conta que no início da pandemia, quando estavam chegando os primeiros pacientes com Covid-19 ao Hospital Regional de Arapiraca, um funcionária pediu que ela confeccionasse face shield - um tipo de viseira em acrílico que cobre todo o rosto. Francielly relatou que nem sabia que existia esse tipo de proteção estava sendo usada na pandemia.
"Eu disse a ela que eu nunca tinha feito uma máscara daquela e não sabia se conseguiria reproduzir. Então fui pro meu quarto, pedi a Deus orientação e depois de tentar mais várias vezes, consegui chegar no modelo ideal que não ficasse pesado na cabeça e nem machucasse o rosto das pessoas", relatou.
A empreendedora arapiraquense afirmou que pediu a ajuda da mãe dela e do empresário da J. S. Serigrafia que doaram o material para confeccionar 140 máscaras que foram doadas aos funcionários do hospital.
A partir dessa ação solidária, outras unidades hospitalares e pessoas físicas começaram a encomendar as máscaras e durante a pandemia - onde muita gente teve dificuldade em manter o negócio - a empresa conseguiu atravessar a pandemia sem entrar no saldo negativo.
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