Esconderijo de Anne Frank teria sido revelado por judeu, diz apuração
O judeu Arnold van den Bergh foi apontado como suspeito após mais de 70 anos da morte da família

Após mais de 70 anos da morte de Anne Frank em um campo de concentração da Alemanha nazista, uma equipe de casos arquivados apontou Arnold van den Bergh, um judeu que vivia em Amsterdã, na Holanda, como principal suspeito de ter revelado o esconderijo da menina e da família aos nazistas.
O time de investigadores, que inclui historiadores, especialistas e é comandado pelo ex-agente do FBI Vince Pankoke, trabalha no caso há seis anos. Segundo eles, van den Bergh teria revelado a informação para salvar a própria família. O suspeito morreu em 1950.
Durante o trabalho de pesquisa, a equipe analisou, dentre inúmeros documentos, uma nota anônima recebida pelo pai de Anne, Otto Frank, depois de retornar a Amsterdã no final da guerra.
Segundo o jornal The Guardian, a nota revela que van den Bergh, que era membro de um conselho judaico, um órgão administrativo que os alemães forçaram os judeus a criar, havia entregado o esconderijo de diversas famílias, incluindo a de Frank.
O motivo de ter dado a localização teria sido o temor por sua vida e de sua família, como foi sugerido no documentário da emissora americana CBS e no livro de Rosemary Sullivan, The Betrayal of Anne Frank (A Traição de Anne Frank, em tradução livre), que será publicado nesta terça-feira (18/1).
O ex-agente Pankoke identificou que van den Bergh havia conseguido ser classificado como não judeu inicialmente. Entretanto, após uma disputa comercial, foi redesignado como judeu. A teoria é de que o suspeito, que atuou como notário na venda forçada de obras de arte para nazistas, usou os endereços de esconderijos como uma forma de salvar sua vida e da sua família. Nem ele nem sua filha foram deportados para os campos nazistas.
A equipe de investigação aponta que Otto Frank, que morreu em 1980, suspeitava fortemente da identidade dessa pessoa, mas nunca a divulgou ao público. Entretanto, vários anos depois da guerra, ele contou ao jornalista Friso Endt que a família havia sido traída por alguém da comunidade judaica.
A partir de duas investigações policias, em 1947 e 1963, sobre as circunstâncias da traição da família, o filho do detetive, Arend van Helden, que liderou o segundo inquérito, forneceu uma cópia datilografada da nota anônima aos revisores dos casos arquivados.
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