Conselho Tutelar não vai intervir na obrigatoriedade da vacina, explica conselheira
Elaine Sales afirmou que houve um mal entendido
A informação de que os Conselhos Tutelares de Arapiraca iriam notificar judicialmente os pais e responsáveis que não vacinassem seus filhos contra a Covid-19 gerou uma grande repercussão na cidade.
Em contato com o Portal 7Segundos, a conselheira Elaine Sales informou que houve um mal entendido, e esclareceu que as instituições são parceiras da comunidade. Segundo ela, o objetivo da entrevista concedida a uma rádio local, era alertar a população sobre a importância da vacinação e que os pais e responsáveis que, por motivos de saúde, não levassem seus filhos aos postos de vacinação, se resguardassem junto à Justiça, através da Defensoria Pública.
“Às vezes, a criança ou adolescente tem algum problema cardíaco que é o que mais está preocupando os pais, e se estes tiverem como provar, eles podem entrar na Defensoria Pública e pedir o mandado de segurança. O juiz, entendendo que, por determinadas situações, a criança não deve ser vacinada, ele vai expedir esse mandado de segurança e aí o pai vai ficar respaldado”, disse Elaine durante a entrevista.
A informação divulgada anteriormente deu a entender que os conselhos iriam intervir na obrigatoriedade da vacinação, o que gerou ampla discussão nas redes sociais, e fez com que outros conselheiros opinassem sobre o assunto.
Para o conselheiro Severino Giló, mais conhecido como Netinho Cavalcante, pais e responsáveis devem tomar a decisão quanto a vacinação ou não de seus filhos.
"Tomei as três doses e tive reação, imagine uma criança? É um tema muito sensível, que ainda não foi discutido no Conselho Tutelar de Arapiraca. Houve um equívoco na entrevista", escreveu ele após repercussão do caso.
A conselheira Julyana Torres, lotada no Conselho Tutelar II, reforçou a fala do colega.
"Essa informação não representa o colegiado do Conselho Tutelar Região II. Nada sobre o assunto foi deliberado ainda", comentou.