Especialista conta qual animal pode ser “fera aquática” filmada no RS
Especialista em biologia marinha pede cautela sobre vídeo que viralizou nas redes, no qual um animal segue barco, e analisa possibilidades

Na última semana, um vídeo no qual um animal persegue um barco em alta velocidade viralizou nas redes sociais. O especialista em biologia marinha Maurício Tavares, do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), no entanto, pede cautela em relação à veracidade do conteúdo.
A princípio, o vídeo, no qual é possível ver um animal nadando velozmente atrás da embarcação, teria sido gravado em algum lugar do Rio Grande do Sul por um suposto pescador. Na gravação, o homem não esboça nenhuma emoção ou ruído enquanto grava. É possível escutar apenas o barulho do motor do barco funcionando.
Na publicação, com a legenda “Queria me atacar”, também é possível perceber que, à medida em que se locomove, o animal parece ter olhos grandes e brilhantes. Este brilho, contudo pode ser facilmente explicado pela reflexão com o flash da câmera da pessoa que fez o vídeo.
Para Tavares, as características morfológicas e o modo de ondular a coluna ao nadar, independentemente do local e da data em que o vídeo foi gravado, sugerem fortemente que se trate de um mamífero do grupo dos pinípedes, como um lobo-marinho ou leão-marinho.
“Os animais desse grupo mais comuns no litoral do Rio Grande do Sul, por exemplo, na época do inverno, são os lobos e leões-marinhos, que apresentam um porte maior, em especial os machos adultos” detalha o especialista.
O pesquisador também explica que o movimento que o animal faz para entrar e sair da água, uma espécie de ondulação, o caracteriza como mamífero. “Dá pra ver que não é um cetáceo, que é do grupo dos botos, baleias e golfinhos. Dessa forma, o grupo mais provável seriam os pinípedes”, destaca Tavares.
“Eles se aproveitam da onda, assim como os golfinhos fazem quando os barcos estão navegando, por uma questão hidrodinâmica. Os golfinhos costumam vir nas proas dos barcos e surfar em alta velocidade. Assim como os cetáceos, os pinípedes também podem fazer isso”, explica o biólogo marinho.
O pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul também salienta que as aparições dos animais são inofensivas. Muitas vezes seguem barcos para fugir de predadores ou até mesmo para tentar roubar peixes de pescadores que utilizam redes.
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