Arapiraca

Radialista acusado de assédio a adolescente pode ser levado ao Conselho de Ética do Sindrádio

Entidade pede rigor nas investigações e afirma que comportamento é inadmissível

Por 7Segundos 24/03/2022 11h11 - Atualizado em 24/03/2022 11h11
Radialista acusado de assédio a adolescente pode ser levado ao Conselho de Ética do Sindrádio
Radialista teria trocado mensagens com adolescente de 13 anos - Foto: Fausto Sandoval em Unsplash

Após ser afastado da emissora que trabalha, o radialista de Arapiraca que é acusado de assédio a uma adolescente poderá ter que responder pela conduta no Sindicato dos Radialistas de Alagoas (Sindrádio/AL). A entidade divulgou, nesta quinta (24), uma nota informando que o caso pode der encaminhado ao Conselho de Ética.

Conforme a nota, o sindicato que representa a categoria aguarda o andamento das investigações policiais para decidir sobre o caso, e afirmou que “É inadmissível que tais práticas sejam toleradas, devendo ser denunciadas e devidamente apuradas”, além de pedir rigor nas investigações.


O caso chegou ao conhecimento público na quinta-feira da semana passada (17), quando uma adolescente de 13 anos e a mãe dela foram denunciar o radialista na Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente. Elas foram atendidas por um agente, que teria se recusado a fazer boletim de ocorrência - o policial seria amigo do radialista.

Por conta disso, elas acionaram o Conselho Tutelar, que auxiliou no registro da denúncia à Polícia Civil e adotou os procedimentos cabíveis, como produção de relatório enviado ao Ministério Público e encaminhamento da vítima à rede de atendimento.

O policial que se recusou a registrar o boletim de ocorrência, conforme o delegado regional de Arapiraca, Guilherme Iusten, foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil.

Conforme as informações divulgadas até o momento, o radialista teria encontrado a adolescente em um ponto de ônibus e pedido o número do telefone dela. Depois passou a trocar mensagens com a garota e a mãe dela descobriu. A mãe chegou a se passar pela filha na rede social, mas ela teria ficado nervosa com o teor da conversa e decidiu denunciar o caso à polícia.

De acordo com o Conselho Tutelar, o caso já foi encaminhado à Justiça. Com a mudança de competência do judiciário, o caso deve ser distribuído para uma das Varas Criminais do município. Como se trata de processo envolvendo pessoa menor de 18, a tramitação ocorre em segredo de justiça.