Sindicato fala sobre atrasos no pagamento de funcionários em hospitais:
Presidente afirma que entidade não compactua com atrasos salariais sucessivos

"Trabalhar em hospital aqui em Arapiraca é saber que não tem dia certo para receber o salário", afirma uma auxiliar de enfermagem que trabalha em uma unidade da rede particular no município. Ela conta que tem dificuldades de pagar as contas em dias porque muitas vezes o salário não cai na conta no quinto dia útil.
O 7Segundos recebe com frequência mensagens e reclamações de funcionários de hospital de Arapiraca, pedindo que o portal faça reportagens e cobre da direção explicações para o atraso no pagamento. Há algumas semanas, trabalhadores do Chama fizeram contato e chegaram a mencionar até uma denúncia feita à Procuradoria do Trabalho. Nos últimos dias, foram os trabalhadores da Maternidade Nossa Senhora de Fátima que procuraram a reportagem para fazer um apelo:
"Vocês tem como fazer uma matéria mostrando a situação dos funcionários da Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima? Nosso salário está atrasado e ninguém passa para a gente nem mesmo uma previsão de quando iremos receber. A gente não sabe nem mesmo até se vamos continuar empregados no mês que vem, por conta daquela notícia de que poderia fechar as portas", afirmou o trabalhador, que pediu para não ter o nome divulgado devido o receio de ser vítima de perseguição dentro do trabalho.
A resposta da direção da unidade foi curta: "O que posso dizer em relação aos salários é a questão da inviabilidade econômico-financeira da empresa devido ao subfinanciamento pelo SUS", informou.
Segundo o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Alagoas (Sindhospital), Erivaldo Cavalcante Júnior, os problemas financeiros enfrentados atualmente pela Maternidade Nossa Senhora de Fátima é a realidade da maioria dos hospitais particulares de Alagoas.
"Na verdade, se trata de um problema no âmbito nacional. A grande maioria dos hospitais prestam serviço para o SUS e a tabela de pagamento dos procedimentos está extremamente desafada, sem reajuste desde 1996. O Sindhospital não compactua com a prática reiterada de atrasos salariais, mas a realidade é que os hospitais estão descapitalizados", declarou.
O sindicalista explica que apesar de os hospitais terem contrato com a prefeitura, os recursos são federais e atrelados à tabela SUS e que mesmo aquelas unidades que possuem convênio com o Estado enfrentam dificuldades.
"Os serviços de maternidade estão entre os mais defasados. O que o hospital recebe por um parto hoje gira em torno de R$ 300, isso inclui o período de internação, que geralmente é de dois dias, refeições, e todos os demais custos. Essa defasagem é o grande problema da Maternidade Nossa Senhora de Fátima, que além de Arapiraca atende também outros municípios. Nós estamos tentando resolver, mas está difícil", declarou, explicando que após o processo eleitoral, o Sindhospital deve manter conversa com gestores para buscar uma solução para a maternidade de Arapiraca.
Piso da enfermagem
A defasagem da tabela do SUS também é apontada por Erivaldo Cavalcante como principal dificuldade para a implantação do piso nacional da enfermagem.
"Nós temos boa vontade e buscamos atender os pacientes com diginidade. Também consideramos merecido o piso da enfermagem, como também consideramos que os demais trabalhadores da saúde que atuaram durante a pandemia, como os auxiliares de serviços gerais, também merecem reajuste. O problema é que não dá para aumentar salários e nem pagar esse piso sem uma previsão de aumento de receita. Se hoje os hospitais atrasam salários, como seria possível pagar o piso? Só se houvesse reajuste da tabela SUS", ressaltou.
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