Cientistas descobrem por que alguns cocôs afundam e outros não
Em 1972, um estudo já tinha mostrado que isso estava em grande parte relacionado ao conteúdo de gás das fezes
Em estudo publicado na Scientific Reports, uma equipe de cientistas descobriu por que alguns cocôs afundam e outros não. Na prática, de acordo com o artigo em questão, o que faz as fezes flutuarem é o gás dos micróbios intestinais.
Em 1972, um estudo já tinha mostrado que isso estava em grande parte relacionado ao conteúdo de gás das fezes, não ao conteúdo de gordura, como a comunidade científica supunha anteriormente. Na época, os pesquisadores acreditavam que esse gás vinha de bactérias intestinais que se incorporaram nas fezes, mas não puderam afirmar com certeza.
No novo estudo, a equipe conseguiu confirmar esse palpite. Os pesquisadores injetaram bactérias intestinais (coletadas das fezes de camundongos e de duas mulheres jovens aparentemente saudáveis) nos estômagos de camundongos e descobriram que isso fazia com que muitos de seus cocôs boiassem.
“Agora não há confusão sobre o que faz as fezes flutuarem, é o gás dos micróbios intestinais, não do ar engolido ou de outras fontes", concluem os autores do estudo. Para descobrir quais espécies produzem gás suficiente para fazer as fezes flutuarem, o próximo passo será introduzir individualmente cada uma delas no intestino de camundongos.
Mas por que esse assunto é tão relevante à comunidade científica? Ainda não se sabe se os fatores dependem de dieta, genética, já que isso também influencia a mistura de bactérias encontradas no intestino, diz Kannan. Assim, a ideia é entender se o cocô afundar ou não tem a ver com a saúde, diretamente.