Dois policiais envolvidos na morte do empresário Marcelo Leite têm prisões solicitadas pelo MPE
Um terceiro PM teve medidas cautelares solicitadas pelo MPE
O Ministério Público de Alagoas (MPE/AL) solicitou a prisão preventiva de dois policiais envolvidos na abordagem que resultou na morte do empresário arapiraquense Marcelo Leite, atendendo as recomendações do comitê de delegados responsável pela investigação.
De acordo com a solicitação do Ministério Público, assinada pelo promotor Thiago Chacon Delgado, a prisão preventiva se faz necessária, “haja vista que a garantia da ordem pública aspira o acautelamento do meio social, quer para que os agentes não cometam novos delitos, diante dos fatos concretos apurados e fundamentados na decisão que decretou, por se tratar de um crime grave que chocou a sociedade local, colocando em dúvida a respeitada credibilidade da Polícia Militar alagoana e dos milhares de policiais comprometidos que arriscam diariamente suas vidas em nome da segurança de terceiros”.
Segundo o promotor, os denunciados realizaram condutas concretas objetivando prejudicar os trabalhos de investigação e perícia, forjando e introduzindo no local do crime uma arma de fogo calibre .38, como sendo de posse da vítima.
“Essa atitude, por si só, com fortíssimos indícios da sua existência, em nosso sentir, já tem o condão de demonstrar riscos ao correto andamento da instrução processual”, diz trecho da solicitação.
“Os denunciados (...), agindo de forma dolosa, conscientes e voluntariamente, em unidade de desígnios, inovaram, artificiosamente, as circunstâncias do fato, alterando o estado de coisa (forjando a existência de arma de fogo .38 na cena do crime), com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito em processo penal”, diz outro trecho da denúncia.
Um terceiro PM também foi citado no documento, mas deve sofrer, neste momento caso o juiz responsável corrobore com a solicitação do MPE, apenas medidas cautelares, como o afastamento das funções policiais de segurança ostensiva; a proibição de se ausentar da comarca ou mudar de endereço; proibição de frequentar bares, boates, shows ou locais com uso de bebidas alcóolicas e aglomeração de pessoas; bem como a proibição de contato, por qualquer meio de comunicação, entre os denunciados e entre estes e quaisquer testemunhas, declarantes ou seus parentes.
RELEMBRE O CASO
Marcelo dirigia um veículo Hyundai Creta de cor preta e teria, segundo a guarnição policial envolvida, passado em alta velocidade por um "quebra-molas" e, em seguida, desobedecido a uma ordem de parada. Ele foi socorrido pelos próprios policiais e encaminhado ao Hospital de Emergência do Agreste, sendo transferido alguns dias depois para a Santa Casa de Misericórdia de Maceió e, em seguida, para o Hospital Beneficência Portuguesa do Mirante, em São Paulo, onde veio a óbito na madrugada do dia 5 de dezembro.
No relato do flagrante registrado pela PM, os militares informaram que o empresário teria apontado uma arma para a guarnição, que reagiu atirando em direção ao pneu do veículo. Um desses tiros, que teria sido proveniente de um fuzil, perfurou o porta-malas e atingiu Marcelo nas costas.
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