PM de folga e armado é filmado dando chibatadas em homem ajoelhado
Polícia Militar afirmou que apura o ocorrido e que policial está exercendo função administrativa

Um policial militar de folga foi flagrado batendo diversas vezes em um homem negro com um pedaço de fio, no município de Goiânia, em Goiás. Imagens registradas por uma testemunha mostram a agressão (veja acima). Em nota, a PM afirmou que irá apurar o caso e que o policial já foi identificado e está exercendo função administrativa.
A agressão ocorreu no último dia 5 de março, segundo informado pela corporação ao Terra. Nas imagens, o homem agredido afirmou que estava trabalhando e que esperava por um macarrão instantâneo que pagou. A vítima chegou a ajoelhar enquanto levava diversas chibatadas com um fio. Além do objeto, o policia também segurava uma arma.
Em entrevista à TV Anhanguera, afiliada à Rede Globo na região, a mulher que filmou o PM agredindo a vítima afirmou que ficou chocada com a situação. "Ele [vítima] estava sendo tratado igual a um escravo e isso me chocou. Ajoelhado, levando chibatada. A escravidão acabou há muito tempo pra pessoa ser tratada desse jeito", disse a testemunha, que preferiu não se identificar.
A mulher afirma que ficou com medo de pedir por ajuda na hora que tudo ocorreu. “Eu fiquei com medo, por isso que eu não gritei, porque eu falei: se eu gritar aqui, vai que ele dá um tiro pra cima", contou. “Eu me coloquei no lugar daquela pessoa porque nossa, me doeu muito!", acrescentou ela.
Segundo a Polícia Militar informou por meio de nota ao Terra, o policial estava em horário de folga quando ocorreu a agressão. "Após tomar conhecimento dos fatos, a PMGO identificou o policial, que está exercendo função administrativa, bem como instaurou um Processo Administrativo Disciplinar", diz a corporação.
A Polícia Militar de Goiás também afirma não compactuar com nenhum tipo de desvio de conduta.
O Terra questionou a Secretaria de Segurança Pública de Goiás se a vítima registrou boletim de ocorrência e se o caso também é acompanhado pela Polícia Civil, mas não obteve retornor até a última atualização desta reportagem.
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