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Internada após cheirar pimenta: namorado relembra agonia e falta de ar

Namorado da jovem falou sobre a reação de Thaís Medeiros, de 25 anos, que sofreu quadro de broncoespasmo grave ao cheirar pimenta

Por Metrópoles 13/03/2023 11h11 - Atualizado em 13/03/2023 11h11
Internada após cheirar pimenta: namorado relembra agonia e falta de ar
Thais Medeiros de Oliveira - Foto: Arquivo pessoal

Goiânia – A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, ficou em estado grave após sofrer uma reação alérgica depois de cheirar uma conserva de pimenta bode. Ela está hospitalizada há quase um mês, em Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana.

Em entrevista ao Fantástico, nesse domingo (12/3), o namorado da jovem, Matheus Lopes de Oliveira, falou sobre a reação da companheira, logo após o ocorrido. “Ela tentando puxar o ar, mas o ar não ia. Era uma agonia”, disse ele.

Apreciadores de pimenta

De acordo com o jovem, a família dele é acostumada a comer pimenta. Ele relembrou a situação e disse que, no dia do ocorrido, todos estavam na cozinha da casa onde ele mora e começaram a conversar sobre o fruto. Segundo ele, a mãe pegou um vidro com pimenta, destampou e todos cheiraram o recipiente.

Segundo Matheus, a jovem não chegou nem a tocar na garrafa em que foi feita a conserva, apenas sentiu o cheiro e sofreu um reação imediata.

A mãe de Thais, Adriana Medeiros, contou que a filha teve uma forte crise de asma horas antes do episódio. A jovem, que mora em Goiânia, foi passar o final de semana com o namorado em Anápolis. “Falta de ar, muita tosse, pulmão cheio, alergia, que ela coça. O corpo dela fica todo pintadinho”, conta ao programa.

Quadro grave

De acordo com a equipe médica que atendeu Thais, ela teve um quadro de broncoespasmo grave. Os médicos acreditam que o contato com a pimenta foi o gatilho para a crise de asma.

“Em relação à questão do prognóstico neurológico dela, a gente espera uma lesão neurológica grave. (…) O cérebro ainda pode ter alguma recuperação, mas a gente acredita que voltar às atividades habituais dela, as atividades normais, isso, infelizmente, não”, explicou Rubens Dias, médico da UTI, onde a jovem está hospitalizada.

Após a reação, Thais não conseguiu respirar de forma adequada e houve baixa circulação de oxigênio tanto para o cérebro, como para o coração, o que desencadeou uma parada cardiorespiratória.

Ainda de acordo com Matheus, o transporte de Thais da casa até o hospital demorou cerca de dez minutos, no entanto, ela já chegou ao local, sem consciência.