Criança que morreu em incêndio é sepultada após concessão de liminar
Corpo carbonizado não foi oficialmente identificado pelo IML
O corpo da menina Ana Lívia, de 5 anos, que morreu carbonizada após incêndio na residência onde ela morava, foi sepultado no domingo (27), após um breve e restrito velório em Delmiro Gouveia.
O sepultamento só aconteceu devido uma decisão liminar da Justiça, que determinou ao IML de Arapiraca a liberação do corpo mesmo sem a identificação oficial.
Como o corpo da criança ficou completamente carbonizado, a identificação é feita por meio de exame de DNA. O IML colheu material genético do corpo e do pai da criança, mas o resultado final ainda não foi divulgado.
De acordo com informações, a partir de terça-feira (29), o delegado regional de Delmiro Gouveia, Rodrigo Rocha Cavalcanti, irá convocar parentes, vizinhos e outras testemunhas para apurar a morte da menina.
Um dos pontos a ser esclarecido é sobre o fato de a criança estar sozinha em casa no momento do incêndio. De acordo com informações, a mãe da criança saiu de casa para trabalhar e combinou que o pai deveria buscar a menina às 8h, momento em que a filha estaria acordando.
O Blog Ítalo Timoteo conversou com duas tias paternas da criança, que informaram que o pai - sabendo que a filha ficaria sozinha em casa - havia pedido para levar a criança para dormir na casa dele, e a mãe teria recusado. Elas disseram ainda que o pai foi até a casa da ex-companheira antes do horário combinado, mas ao chegar já encontrou a movimentação de vizinhos e dos trabalhadores da fábrica tentando salvar a menina.
Relembre o caso
Ana Lívia tinha 5 anos e era portadora de Transtorno do Espectro Autista. Na sexta-feira (25) ela estava dormindo sozinha na casa onde morava com a mãe, em um residencial na Rua Antônio Ivo, no bairro Novo, quando um incêndio iniciou dentro do quarto dela.
Há suspeitas que as chamas teriam iniciado a partir de um curto-circuito no ventilador. Apenas a perícia poderá atestar se essa realmente foi a causa do incêndio.
Vizinhos avistaram a fumaça e ouviram a criança chorar. Um morador chegou a subir no muro e chamou por Ana Lívia, mas ela não atendeu. Os moradores tentaram arrombar a porta da casa, mas sem sucesso.
Trabalhadores de uma fábrica localizada nas proximidades fizeram um buraco no telhado e usaram 10 extintores para apagar o fogo.
O Corpo de Bombeiros fez o rescaldo e o resfriamento do imóvel e encontraram o corpo da menina na área de serviço, sentado e com as mãos na cabeça, completamente carbonizado.
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