Oito armas desviadas do Exército são encontradas em área de tráfico no RJ
Segundo o Comando Militar do Sudeste, o diretor do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, SP, será exonerado após o furto
A Polícia Civil do Rio de Janeiro recuperou oito das 21 metralhadoras que foram desviadas do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo. O armamento foi encontrado em uma área de tráfico na Zona Oeste da capital fluminense, nesta quinta-feira, 19.
A ação, coordenada pelas equipes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, localizou as metralhadoras no porta-malas de um carro no bairro Gardênia Azul, área disputada pelo tráfico de drogas e pela milícia. As armas, que estavam embaladas em sacos pretos e fita adesiva, foram levadas à Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio,
Em entrevista coletiva, o General de Brigada Maurício Vieira Gama apontou que há militares envolvidos no furto, mas eles não foram identificados, para não comprometer a investigação.
"A linha de investigação mais provável é de que as armas foram desviadas mediante furto com participação de militares do Arsenal de Guerra de São Paulo, embora nenhuma hipótese tenha sido descartada até o presente momento. Há possibilidade de o extravio ter ocorrido no lapso temporal de 5 a 8 de setembro", apontou o general na coletiva.
Também nesta quinta-feira, o Comando Militar do Sudeste informou que o diretor do Arsenal de Guerra será exonerado após o furto das metralhadoras.
Furto de metralhadoras
A investigação sobre o caso transcorre desde a terça-feira, 10, quando se constatou a ausência de 13 metralhadoras calibre .50 e de oito calibre 7,62. Quase 500 pessoas chegaram a ficar uma semana aquarteladas enquanto a investigação dava seus primeiros passos na semana passada.
Na terça-feira, 17, 320 militares aquartelados na unidade foram liberados do local. Outros 160 permaneceram para dar continuidade à rotina de tarefas do quartel ou por ainda interessarem ao andamento da investigação.
Parentes dos aquartelados viviam momentos de apreensão do lado de fora da unidade militar. Metralhadoras Browning calibre .50, como as que foram furtadas de um quartel do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, na semana passada, são armas usadas em guerras e com alto poder destrutivo, sendo capaz de disparar até 550 tiros por minuto, segundo especificações técnicas do armamento.
Por seu alto poder de fogo, metralhadoras .50 passaram a ser cobiçadas por organizações criminosas organizadas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), que possuem armeiros especializados.
Elas estiveram presentes em ocorrências marcantes, como o assassinato do Rei da Fronteira, o megatraficante Jorge Rafaat Toumani, entre o Brasil e o Paraguai, em 2016. Na oportunidade, o armamento foi encontrado acoplado no interior de um veículo adaptado para o ataque, que focava na disputa pelo controle de rotas de tráfico de drogas entre os dois países.
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