O curso de licenciatura em Letras - Português do Instituto Federal de Alagoas - Ifal Campus Arapiraca recebeu, nessa segunda-feira (23), o resultado do processo de avaliação e reconhecimento do curso enviado por representantes da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior do Ministério da Educação - MEC à Procuradoria Educacional Institucional. A graduação obteve o conceito 5 na avaliação de reconhecimento de curso, isto é, a nota máxima atribuída no processo.

Esse indicador diz respeito à qualidade da organização didático-pedagógica, do corpo docente e da infraestrutura ofertada pelo curso. Para chegar à conclusão, avaliadores do MEC se reuniram virtualmente, nos dias 18 e 19 de outubro, com dirigentes institucionais, técnicos administrativos, docentes, coordenação do curso, núcleo docente estruturante e Comissão Própria de Avaliação do Ifal, além de fazer a vistoria remota de toda a documentação, laboratórios, instalações e acervo da biblioteca realtivos ao curso.

Com a publicação do veredito, a comemoração da nota máxima contagiou de discentes a gestores da unidade de ensino. "É uma prova do comprometimento da instituição em fornecer uma educação pública, gratuita e de qualidade para o Agreste alagoano. Isso não apenas valida a excelência dos docentes, discentes e da administração, mas também confirma que estamos no caminho certo para continuar formando profissionais altamente capacitados e preparados para enfrentar os desafios do fazer docente", afirmou o diretor-geral do Ifal Arapiraca, Augusto de Oliveira.

O coordenador da graduação avaliada, Alisson Hudson Lima, ressaltou que ter uma licenciatura com esse nível de avaliação é convidativo para um público por muitos anos deixado de lado: o de pessoas trabalhando em comunidades que não são centros urbanos e que seguem atuando em sala de aula sem formação adequada. "Simbolicamente, nosso conceito representa três coisas: qualidade, profissionalismo e esperança", pontuou.

Para o profissional, o momento de avaliação equivaleu a uma possibilidade de averiguar os pontos positivos da licenciatura e outros passíveis de melhorias.

"De maneira geral, conseguimos perceber o momento da avaliação como uma forma de crescimento para o curso e para a instituição", afirmou Alisson Lima.Em trechos do relatório de avaliação, os pareceristas afirmaram que o ambiente de trabalho e a relação entre coordenação de curso e demais segmentos é muito próxima e positiva. "A comissão pôde verificar que o curso apresenta uma estrutura curricular adequada, com disciplinas abrangentes e que se preocupam com as diversidades locais e regionais", acrescentaram. Confira a íntegra do documento aqui.

Empenho - Adriana Nunes, coordenadora anterior da graduação em Letras-Português e atual chefe do Departamento de Ensino do campus, lembrou do esforço integrado com a bibliotecária Luciete Barbosa para adquirir obras voltadas a atender as necessidades do curso; além da preocupação pedagógica em associar conhecimentos específicos àqueles vinculados à prática docente. "Em cada passo desde 2019, na abertura do curso, até hoje, construímos uma história que resultou nesse conceito. Uma vitória para toda a gente que faz o curso de Letras acontecer".

Quem reconhece esse zelo e celebra a oportunidade de se formar em um curso bem avaliado é o graduando do último período de Letras/Português Matheus Ferreira. Ele fez elogios à grade curricular do curso e relatou a importância das vivências que teve ao longo da formação, como estágio e participação em projetos de pesquisa. "Além de toda uma formação íntegra e humana, o Ifal possibilitou o contato com a pesquisa por meio de editais como o Pibic e de programas como o Pibid, com uma visão complementar para a minha formação técnico-pedagógica. Sabia que o Campus Arapiraca me possibilitaria uma formação íntegra e, mesmo assim, ele me surpreendeu e ofertou muito mais do que pude imaginar", resumiu o discente.

Sobre o curso

A criação da licenciatura em Letras/Português do Ifal Arapiraca foi autorizada em novembro de 2018. Atualmente, o curso possui 117 alunos/as regularmente matriculados/as e a possibilidade de verticalização do ensino por meio do ingresso na pós-graduação em Linguagem e Práticas Sociais ofertada no campus.