O empresário Edson Lopes, responsável pelo atropelamento dos policiais militares Cibelly Barboza Soares e Gheymison Porto, no dia 14 de outubro, em Arapiraca, teve a prisão preventiva convertida em domiciliar. Com isso, ele fica recolhido em sua residência até o julgamento do processo. Nesse período, ele só pode sair de casa por meio de autorização judicial expressa.

Na decisão divulgada nesta quarta-feira (08), o juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, justificou o parecer favorável pela prisão domiciliar após a defesa do empresário alegar que ele está acometido de doença grave. Além de estar expressamente proibido de deixar seu domicílio, o empresário também passa a ser monitorado por tornozeleira eletrônica, e terá que cumprir outras medidas cautelares: 

- Proibição de manter contato, por qualquer meio (celular, redes sociais, internet), e de se aproximar da vítima sobrevivente ou de qualquer pessoa da família das vítimas, bem como das testemunhas que venham a ser arroladas no processo;

- Comparecimento periódico em juízo, todo dia 8 (oito) de cada mês, para informar e justificar atividades e comparecimento a todos os atos judiciais para os quais for intimado;

- Suspensão de permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor.

"Neste sentido, dada a informação a respeito do estado de saúde do denunciado Edson Lopes da Rocha, comprovado através de relatórios e atestados médicos, bem como reforçado nas imagens carreadas aos autos, reputo que o mesmo deverá cumprir o segregamento cautelar em regime domiciliar, como forma de se buscar de modo mais eficiente o tratamento e a cura para o mal de saúde do qual se encontra acometido", justificou o magistrado.

O advogado Napoleão Júnior, contratado pelas famílias dos policiais militares Gheymison do Nascimento Porto e Cibelly Barboza Soares, pretende reverter a decisão. 

"Vamos recorrer, uma vez que não há comprovação de que o empresário é portador de doença grave. O relatório médico juntado pela própria defesa apenas dá conta de que houve pressão arterial elevada, mas não faz menção a doença grave", afirmou.

Entenda o caso

Segundo a família de Edson Lopes, na última quarta-feira (01) ele foi internando em uma unidade hospitalar após ter sofrido um crise hipertensiva.

Edson Lopes havia sido preso temporariamente em 24 de outubro e, posteriormente, teve sua prisão convertida em preventiva em 27 de outubro. Ele passou mal e foi internado no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), onde permanece sob custódia médica.

O empresário Edson Lopes da Rocha, responsável pelo atropelamento que matou a policial militar Cibelly Soares e deixou seu noivo, o também policial Gheymison Porto, se tornou réu por cinco crimes, após a Justiça de Alagoas aceitar a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Alagoas (MPE/AL).

A partir de agora, Edson responderá por homicídio doloso, tentativa de homicídio, embriaguez ao volante, omissão de socorro e fuga do local do acidente. Além disso, um segundo homem, identificado como João José dos Santos, também se tornou réu por acusações relacionadas ao caso.

O empresário estava conduzindo a caminhonete que atropelou um casal de PM´s que pedalava na rodovia AL-220. em Arapiraca, na tarde do dia 14 de outubro. A policial militar Cibelly morreu pouco tempo depois do acidente, após ter sido levada para o Hospital de Emergência do Agreste, me Arapiraca, depois de te sido reanimada ainda no local do acidente.