Justiça

PM acusado do caso Marcelo Leite teria descumprido medidas cautelares e pode ser preso

Petição mostra imagens de Jilfran Santos em eventos sociais

Por 7Segundos 13/11/2023 14h02 - Atualizado em 13/11/2023 15h03
PM acusado do caso Marcelo Leite teria descumprido medidas cautelares e pode ser preso
Momento em que o carro do empresário Marcelo Leite seguia pela AL-220 pouco antes da abordagem do Pelopes - Foto: Reprodução

Os advogados da família de Marcelo Leite - empresário que foi assassinado durante abordabem policial em 2022 - encaminharam pedido de prisão preventiva contra o policial militar Jilfran Santos, que teria descumprido medidas cautelares definidas pela Justiça.

Ao ser tornado réu pelos crimes de homicídio qualificado, fraude processual e denunciação caluniosa, a 5ª Vara Criminal de Arapiraca aplicou várias medidas cautelares a Jilfran Santos. Além do afastamento das funções policiais ostensivas, as medidas incluem também a proibição de frequentar bares, boates, shows ou locais com uso de bebidas alcoólicas e aglomeração de pessoas; e o recolhimento domiciliar obrigatório das 22h às 5h.

Conforme os advogados, o policial militar teria violado estas duas últimas medidas ao comparecer a uma festa junina no dia 17 de junho; e o aniversário de 40 anos do sacerdócio do pastor Marcelo Oliveira, ocorrido no dia 28 de outubro. Ambos eventos se estenderam até o período noturno.

O comparecimento do policial militar nos eventos está provado por meio de fotografias postadas nas redes sociais que foram incluídas na petição, que traz também uma imagem de Jilfran Santos junto a pessoas em uma mesa onde é possível ver bebidas alcoólicas. Elementos nas imagens mostram que elas foram tiradas à noite.

"São diversos eventos distintos e todos exibidos em redes sociais, que evidenciam a flagrante violação das medidas cautelares impostas ao réu, Sr. Jilfran. No presente caso, observamos diversas manifestações públicas de seu comportamento inadequado, todas registradas e divulgadas em sua rede social, comprovando o dolo do descumprimento das medidas cautelares estabelecidas", afirmam os advogados na petição.