Operação Mute encontra bilhetes e cartas escondidos em celas do Presídio do Agreste
Ação também foi deflagrada na penitenciária Baldomero Cavalcanti, na Capital
Dezenas de bilhetes e cartas manuscritas foram encontradas escondidas dentro das celas do Presidio do Agreste, no município de Girau do Ponciano, durante operação deflagrada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) do Ministério da Justça e Segurança Pública.
A ação, executada nacionalmente entre os dias 11 a 15 de dezembro, foi batizada de Operação Mute e teve como objetivo combater a comunicação ilícita do crime organizado e reduzir os índices de violência. Em Alagoas, a operação contou com a participação de 120 policiais penais da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).
O teor das cartas e bilhetes encontrados nas celas não foi divulgado, mas há suspeitas que os manuscritos sirvam de comunicação entre líderes de facções criminosas e de quadrilhas e criminosos que estão nas ruas.
Além do Presídio do Agreste, a Operação Mute foi executada também na penitenciária masculina Baldomero Cavalcanti, em Maceió, onde foram encontrados oito aparelhos celulares, 14 carregadores e fones de ouvido, 11 chips telefônicos e um pendrive.
Segundo dados do Senappen, os aparelhos celulares são as principais ferramentas utilizadas pelo crime organizado para a perpetuação de delitos e o avanço da violência nas ruas. A operação é inédita por ser a maior realizada pela Senappen no contexto de combate ao crime organizado, pelo número de estados participantes, quantidade de policiais penais federais e estaduais envolvidos e unidades prisionais estaduais.
Segundo o secretário de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas, Diogo Teixeira, ações como esta reforçam a segurança dentro e fora das instituições prisionais. “Participamos de uma ação nacional que buscou combater o crime organizado, com o objetivo de garantir mais segurança para a população por meio do combate a comunicação ilícita, pois trabalhamos constantemente por uma Alagoas mais segura para toda a sociedade”, concluiu o secretário.