Em informações exclusivas recebidas pelo Portal 7Segundos, policiais militares do 3º Batalhão de Polícia Militar alertam para um preocupante aumento nas apreensões de armas brancas entre moradores de rua nos últimos meses. Durante abordagens, os próprios moradores alegam que carregam facas como forma de autodefesa diante das constantes ameaças durante a noite.

De acordo com os relatos, como resposta às frequentes abordagens, a população em situação de rua tem migrado para bairros vizinhos ao Centro de Arapiraca, como Alto do Cruzeiro, Brasília, Ouro Preto, Primavera e Capiatã.

É crucial ressaltar que, apesar dos desafios, Arapiraca dispõe de serviços públicos e privados dedicados a atender a população em situação de rua. O Centro Pop, que oferece alimentação, serviços de saúde e jurídicos durante o dia, o Abrigo Noturno e o Albergue Monsenhor José Neto, localizado no bairro Cacimbas, são exemplos dessas iniciativas.

Além do aumento nas apreensões de armas brancas, casos recentes de confrontos diretos entre moradores de rua vêm agravando a situação em Arapiraca.

No último domingo (20), um homem, identificado como morador de rua, foi brutalmente assassinado na Praça Lions, no bairro Brasília, com um golpe de faca na região da nuca. O agressor, também em situação de rua, foi preso pouco tempo após o crime, confessando o ato e revelando uma desavença anterior com a vítima. A prisão ocorreu na Praça Luiz Pereira Lima, no Centro.

No final do ano, outros dois casos foram registrados. Um homem foi esfaqueado próximo ao Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, enquanto dormia ao lado de sua companheira. Em frente ao Mercado Público Municipal, também no Centro, uma moradora de rua tornou-se vítima de arma branca, mas, mesmo ferida, conseguiu fugir.

Estes incidentes ressaltam a urgência de abordar não apenas as apreensões de armas, mas também as complexas dinâmicas sociais e as causas subjacentes aos conflitos entre moradores de rua.