Mulheres alagoanas ocupam cada vez mais o seu espaço na Indústria
Contratações cresceram 104,66% no período de quatro anos
Oito de Março, Dia Internacional da Mulher. Uma data marcada por lutas, homenagens e, além de tudo, pela celebração de conquistas. Elas estão cada vez mais presentes, ocupando o seu devido espaço na sociedade, especialmente, no mercado de trabalho. Na Indústria, as mulheres alagoanas vêm se destacando.
Em quatro anos, o número de mulheres contratadas pelo setor cresce sucessivamente. Dados do Observatório da Indústria, da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), revelam que entre 2020 (2.469) e 2023 (5.053), o número de mulheres admitidas formalmente pela Indústria em geral e Construção Civil cresceu 104,66%. A maioria delas tem entre 18 e 24 anos e o Ensino Médio completo.
“A paridade de gênero é um desafio global, mas, esses números do Observatório da Indústria são um sinal de que estamos evoluindo. As empresas estão cada vez mais conscientes do seu papel no combate à discriminação. No Sistema Fiea, as mulheres são maioria nos cargos de gestão e, a cada ano, temos colhido resultados formidáveis”, disse o presidente da Fiea, José Carlos Lyra de Andrade.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) tem sido a porta de entrada no mercado de trabalho para muitas mulheres. Foram dois anos até Janis Rayla se formar no curso de Petroquímica e ser contratada por uma grande empresa do setor. “Foi muito importante o curso que fiz no Senai, para alavancar a minha carreira e estar preparada para o mercado, estar disponível com as qualificações que o setor exige de um profissional”, afirmou.
Na profissão escolhida por Rayla, os homens ainda são a maioria, no entanto, elas começam a se destacar. Em 15 empresas ouvidas pela reportagem no Polo Multifabril de Marechal Deodoro, há 1.343 mulheres contratadas. “As oportunidades existem e precisamos estar preparadas para elas. A realidade de grande parte das mulheres é ser mãe e trabalhar, então a gente consegue fazer esse esforço para crescer”, diz.
Diferença salarial cai
Um levantamento do Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que, nos últimos 10 anos, no Brasil, as mulheres, progressivamente, alcançaram salários mais próximos aos dos homens. O estudo foi feito a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nessa década, houve um aumento da paridade salarial em 6,7 pontos – saindo de 72 em 2013, para 78,7, em 2023. O estudo mensurou a paridade de gênero em uma escala padronizada de 0 a 100, de modo que quanto mais próximo de 100, maior a equidade entre mulheres e homens.
Quando se analisa o indicador liderança, é possível notar que as mulheres ganharam espaço em funções de tomadas de decisões. A participação delas em cargos de liderança passou de 35,7%, em 2013, para 39,1%, em 2023 - aumento de cerca de 9,5% em dez anos.
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