Saúde

Nutricionista destaca a importância da assistência nutricional para a recuperação dos pacientes do Hospital do Agreste

Refeições dispensadas são preparadas de acordo com a situação apresentada por cada paciente, visando na recuperação da saúde

Por 7Segundos com Assessoria 02/04/2024 08h08 - Atualizado em 02/04/2024 08h08
Nutricionista destaca a importância da assistência nutricional para a recuperação dos pacientes do Hospital do Agreste
Nutricionista destaca a importância da assistência nutricional para a recuperação dos pacientes do Hospital do Agreste - Foto: José Gabriel/Ascom HEA

Além do diagnóstico correto e em tempo oportuno, da prescrição de medicamentos eficazes, de uma estrutura física acolhedora e de profissionais capacitados e comprometidos, a recuperação dos pacientes internados em um hospital também requer uma dieta alimentar eficaz.

É o que afirma a coordenadora do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, a nutricionista Julyanna Bernardino.

Para a especialista, a célebre frase “você é o que você come” deve ser levada em consideração no processo de cura das enfermidades de qualquer paciente que se encontra em tratamento.

Razão pela qual, inclusive, um grupo de especialistas da Faculdade de Stanford, na Califórnia (EUA), estruturou um estudo para acompanhar pessoas geneticamente idênticas, analisando como seus corpos reagem ao seguir uma dieta estritamente vegana e a chamada dieta onívora, à base de proteínas e derivados animais.

Deste modo, cada refeição é minuciosamente pensada para ajudar na recuperação dos pacientes internados, analisando o problema de saúde que afeta cada um deles, o quadro clínico apresentado, bem como, se são acometidos por comorbidades como diabetes, por exemplo.

Especificidades que são consideradas pelos profissionais de nutrição do HEA, que servem mais de mil refeições por dia, englobando a alimentação para pacientes, acompanhantes e servidores.

“Aqui no HEA, a maioria dos pacientes são vítimas de trauma. Então, no caso de um paciente que tem ferimento, a gente tenta sempre fornecer todos os nutrientes que esse paciente precisa para fechar essa ferida, para que ele fique em um bom estado nutricional e para que ele consiga se recuperar brevemente aqui no hospital. Isso serve tanto para o paciente de trauma quanto para os que são acometidos por outras patologias”, diz Julyanna Bernardino.

A coordenadora do Serviço de Nutrição e Dietética do HEA, Julyanna Bernardino, explica que a rotina exige visitas diárias aos leitos dos pacientes para prescrever a alimentação adequada. FOTO: Cortesia

Rotina

Todos os dias, cada nutricionista passa no leito do paciente para fazer uma entrevista com ele, visando preparar sua conduta nutricional, conforme explica a coordenadora do Serviço de Nutrição e Dietética do HEA.

“Verificamos se esse paciente está conseguindo atingir todas as suas necessidades calóricas, a necessidade de proteína, sabendo ali com quantos por cento de alimentação ele está conseguindo ingerir. E quando a gente vê que ele está consumindo menos, suplementamos de acordo com a patologia apresentada. Isso vai modificando de acordo com o padrão de cada um”, salienta.

Jéssica da Silva, mãe do pequeno Marlos da Silva, de apenas oito anos, vítima de queimadura provocada por choque elétrico, tem constatado diariamente essa preocupação dos nutricionistas do Serviço de Nutrição e Dietética do HEA e, com isso, só tem elogios sobre a alimentação servida na unidade hospitalar.

“A alimentação é muito boa, tanto pra mim quanto para meu filho. O pessoal sempre fala o quanto é importante ele se alimentar bem para se recuperar”, declara Jéssica, que está acompanhando o filho desde a última quarta-feira (27) de março.

Diariamente são servidas mais de mil refeições no Hospital de Emergência do Agreste, voltadas para pacientes, acompanhantes e servidores plantonistas. FOTO: Cortesia

Alimentação

A máxima de que cada caso é um caso se encaixa perfeitamente nesta situação, afinal de contas, nem todos os pacientes estão em condições de mastigar alimentos sólidos.

“Essa questão é dividida em consistência de dietas alimentares. A gente tem a consistência livre, branda, pastosa, pastosa total e líquida pastosa. Elas variam de acordo com a patologia, de acordo com a idade, de acordo com a dentição do paciente. Na visita ao leito e segundo a prescrição médica, cada nutricionista avalia o padrão de cada paciente e a forma que ele vai conseguir ingerir”, enfatiza a coordenadora do Serviço de Nutrição e Dietética.

“Para a população em geral, conscientizando sobre nutrição saudável, a recomendação é consumir frutas, legumes, ter uma alimentação saudável, estar dentro de um peso adequado. É muito importante tomar logo atitudes de mais qualidade de vida para envelhecer de forma saudável’, recomenda Julyanna Bernardino.