Daniel Barbosa escreve artigo sobre o impacto da Agricultura Familiar no combate à fome
Confira o artigo na íntegra
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O impacto da Agricultura Familiar no combate à fome no Brasil foi tema de um artigo escrito pelo deputado federal Daniel Barbosa, onde ele fala sobre o cenário global alarmante de desperdício de alimentos, conforme apontado pelo Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Segundo o parlamentar alagoano, com mais de um bilhão de refeições jogadas no lixo diariamente e quase 800 milhões de pessoas sofrendo com a fome, a necessidade de ações imediatas é inegável. Além do custo humano, o desperdício alimentar impacta negativamente as economias e o meio ambiente, exigindo medidas urgentes.
“Os tempos atuais são difíceis, repletos de guerras, pobreza extrema e fome. Porém, temos compromissos com as futuras gerações, a quem precisamos entregar um mundo melhor, com democracia, paz e justiça social. Para isso, é fundamental unir a sociedade em torno de um destino comum”, escreveu Daniel.
Confira o artigo na íntegra:
AGRICULTURA FAMILIAR NO COMBATE À FOME
Semana passada, o Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) divulgou um importante estudo versando sobre o desperdício de alimentos no mundo. A conclusão assustadora é que diariamente mais de um bilhão de refeições vão para o lixo, enquanto quase 800 milhões de pessoas passam fome e um terço da humanidade enfrenta insegurança alimentar. Estamos diante de uma verdadeira tragédia humanitária e um fracasso moral.
De acordo com o relatório do Índice de Desperdício de Alimentos do PNUMA, em 2022 os principais responsáveis pelo descalabro foram os lares, com 60% do descarte, consequência da compra de produtos desnecessários e do exagero das porções servidas, sem aproveitamento das sobras. Em seguida vêm os restaurantes, refeitórios e hotéis, com 28%. Finalmente, o varejo (açougues, supermercados e mercearias), com 12%.
Esse cenário de grave dissipação alimentar afeta negativamente a sociedade e as economias globais, a um custo anual de US$ 1 trilhão. Também estraga o meio ambiente, destruindo a natureza, poluindo e impulsionando a mudança climática. Estima-se que os resíduos de alimentos desperdiçados ocupam área equivalente a 30% das terras agrícolas e, se fossem comparados a um país, estariam na condição de terceiro maior emissor de gases de efeito estufa. Os alimentos, é óbvio, servem para prover as necessidades da população e não para entupir aterros sanitários e lixões.
Assim, é indispensável o gerenciamento dos resíduos, além de viabilizar modelos de produção e consumo sustentáveis. Somente a União Europeia, o Reino Unido, os Estados Unidos da América, o Japão e a Austrália têm mecanismos adequados para mensurar o desperdício de comida e acompanhar a sua evolução. O Brasil está empenhado em criar procedimentos de monitoramento até o final deste ano.
O problema não é novo e para resolvê-lo é fundamental a conscientização da humanidade e o irrestrito apoio às iniciativas de resíduo zero. O esforço mundial é para reduzir substancialmente o desperdício de alimentos até 2030, por meio de ações que vão além das medições, envolvendo parcerias público-privadas para identificar obstáculos e formular soluções.
O desperdício de alimentos é inaceitável em qualquer dimensão e, considerando os níveis atuais, pode ser chamado de desumano. O egoísmo e a irresponsabilidade têm de ser enfrentados, sem trégua. Mas, quando travamos o combate contra a fome, devemos saber que apenas eliminar o esbanjamento não é suficiente. Investir na agricultura familiar é essencial tanto para a segurança alimentar quanto para o desenvolvimento sustentável.
A agricultura familiar é fonte de alimentos e de inclusão social. Ela fornece produtos frescos e nutritivos, cria empregos, ativa a economia e protege o meio ambiente. Por isso, ao poder público cabe apoiar os agricultores familiares, executando políticas que incentivem práticas sustentáveis, acesso a crédito e tecnologias apropriadas.
Por iniciativa do Brasil, durante a Cúpula do G20, em Nova Delhi, foi instituída uma força-tarefa para o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, em novembro de 2024. O objetivo é obter recursos e técnicas para executar políticas públicas eficazes para a reduzir a fome e a pobreza no planeta. E foi no embalo desse esforço que representantes do principal fórum de cooperação econômica internacional estiveram em Brasília para acompanhar programas de segurança alimentar que geram renda para pequenos produtores e garantem alimentação saudável aos estudantes da rede pública.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome apresentou aos técnicos de diversos países e organismos internacionais as exitosas políticas de segurança alimentar implementadas na Escola Classe 708 Norte, da rede de ensino público do Distrito Federal, e na comunidade rural Chapadinha, inserida no Programa de Aquisição de Alimentos.
Ao tratar desse tema não posso deixar de fazer referência ao meu estado natal e, principalmente, à cidade de Arapiraca, cuja prefeitura investe no pequeno produtor rural, prestigia o feirante e construiu um centro de comercialização de produtos da agricultura familiar (o Shopping Estrada). Na Capital do Agreste alagoano, o minifúndio é predominante e a agricultura familiar é bem estruturada. Exatamente por esse motivo, o governo estadual escolheu, com total acerto, a cidade para lançar o Programa Planta Alagoas 2024, na véspera do Dia de São José, que é a data ideal para semear milho e feijão.
A proposta é estimular a produção agrícola local, por meio do fortalecimento da agricultura familiar e do setor produtivo de grãos. Nessa primeira etapa do programa foram beneficiados 70 mil pequenos agricultores, que receberam sementes de milho, feijão, sorgo e arroz, com elevado potencial genético e adaptadas à condição climática. Na segunda etapa será a vez da fruticultura, estando prevista a distribuição de um milhão de mudas frutíferas.
São iniciativas desse tipo que devem ser incentivadas e apoiadas, porque promovem inclusão social com dignidade. A erradicação da pobreza e da fome, bem como o alcance da sustentabilidade ambiental, dependem, necessariamente, da agricultura familiar. E fortalecer a agricultura familiar é fortalecer a solidariedade, que constrói soluções.
Os tempos atuais são difíceis, repletos de guerras, pobreza extrema e fome. Porém, temos compromissos com as futuras gerações, a quem precisamos entregar um mundo melhor, com democracia, paz e justiça social. Para isso, é fundamental unir a sociedade em torno de um destino comum. A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é um bom ponto de partida.
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