Arapiraca

15 dias após ser baleada na cabeça por ex-companheiro, cabo Moisés, Érica morre no HEA

Érica passou por cirurgias e família estava confiante em sua recuperação

Por 7Segundos 20/04/2024 14h02 - Atualizado em 20/04/2024 15h03
15 dias após ser baleada na cabeça por ex-companheiro, cabo Moisés, Érica morre no HEA
Érica estava internada no HEA desde o dia 05 de abril - Foto: Reprodução

A mulher que foi baleada pelo cabo PM Moisés, que matou o soldado Eudson e cometeu suicídio no dia 05 de abril, morreu neste sábado (20), no Hospital de Emergência do Agreste.

A vítima, Érica Fernanda de Oliveira Pitanga, foi atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça e estava internada na unidade hospitalar desde a tragédia.
A morte dela foi confirmada por um parente ao 7Segundos.

O corpo deve ser removido para o IML para os procedimentos necessários, antes de ser liberado para sepultamento. De acordo com o parente, o velório possivelmente vai acontecer na casa dos pais dela, no bairro Primavera.

Érica era ex-companheira do cabo PM Moisés da Silva Santos, de 31 anos. Quando o relacionamento acabou, ela denunciou que era vítima de ameaça e obteve na Justiça medida protetiva para que ele não se aproximasse dela.

De acordo com a família, a mulher acionou várias vezes a Patrulha Maria da Penha porque o policial militar descumpria a medida protetiva.

No dia 05 de abril, cabo Moisés recebeu a informação que poderia perder o porte de arma devido aos sucessivos descumprimentos da medida protetiva denunciados por Érica. Irritado com a possibilidade, ele conta a colegas de farda que vai matar a ex-companheira.

O soldado PM Eudson Felipe Cavalcante Moura decide intervir para evitar a tragédia, mas é friamente assassinado por cabo Moisés, que depois invade a casa de Érica, desfere um disparo de arma de fogo nela e em seguida atira em si próprio.

Imagens de câmeras de segurança que gravavam a rua no momento do crime, chegam a mostrar Érica correndo pela rua após ser atingida pelo tiro.

A reportagem do 7Segundos entrou em contato com parentes de Érica quatro dias após a tragédia, quando eles divulgavam nas redes sociais um pedido de doações de sangue em nome dela.

O parentes informaram que estavam fazendo a campanha para repor os estoques do Hemoal após Érica passar por cirurgia. Naquela data eles estavam confiantes de que ela iria se recuperar e afirmaram que ela estava respondendo bem ao tratamento.