Acusados de matar o tio em Tanque D'Arca são absolvidos pelo júri
Crime aconteceu em 7 de março de 2013 e foi julgado nesta sexta (24)

A policial militar do Estado de São Paulo, Waldirene Araújo da Silva, e seu irmão, Salustiano Araújo da Silva, foram absolvidos da acusação de assassinato de seu tio, ocorrido em 7 de março de 2013, em Tanque D'Arca, no interior de Alagoas. Este foi o segundo júri popular referente ao caso, realizado nesta sexta-feira (24) no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, em Maceió.
Os irmãos eram acusados de matar, com facadas e pauladas, o fazendeiro Antônio Castro de Araújo. O crime teria sido motivado pela venda das terras da mãe dos réus, que se arrependeu da transação. O Conselho de Sentença reconheceu a legítima defesa. De acordo com o promotor de Justiça Edelzito Andrade, a discussão sobre a posse das propriedades levou os sobrinhos a confrontarem o tio, resultando em sua morte.
Ambos foram levados a júri acusados de homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe e cruel, e por não terem dado chance de defesa à vítima.
O primeiro julgamento ocorreu em 8 de novembro de 2017. Naquela ocasião, Salustiano foi condenado a 22 anos e 6 meses de prisão, e Waldirene a 19 anos, 5 meses e 14 dias.
Em outubro de 2018, um recurso dos réus resultou na anulação do julgamento, transferindo o foro do novo júri para Maceió, onde ocorreu o julgamento nesta sexta.
Durante o julgamento, o Ministério Público Estadual (MPE) enfatizou que a vítima era uma pessoa idosa.
"Convido-as a fazer uma viagem com o Ministério Público até a pequena cidade de Tanque D'Arca, em março de 2013. Foi lá que a vítima criou sua família com o suor do rosto e a força dos próprios braços, e educou seus filhos. As senhoras presenciaram um espetáculo circense apresentado pela ré. Observaram lágrimas falsas que desciam da face da ré, provavelmente por remorso. Jamais comparadas às que descem até hoje do rosto dos filhos de seu Antônio. Para eles, sim, o Ministério Público oferece o lenço."
Durante o júri popular, a policial militar alegou que agiu em legítima defesa, pois o tio queria "furar" seu irmão. "Ele queria furar meu irmão e, enquanto eu mordia o nariz dele, meu irmão o furava para se defender", afirmou a policial.
Sua versão foi contestada pelo órgão ministerial. "Não há como falar em legítima defesa se o laudo pericial afirma que as facadas foram desferidas pelas costas. Não é o Ministério Público que diz isso, mas os peritos criminais que subscrevem o laudo", afirmou a promotoria, refutando os depoimentos de Waldirene.
Um dos filhos da vítima chorou durante o júri e relatou que encontrou o pai com um pau enfiado na boca. Ele disse ainda que teve que retirar o objeto da boca do pai antes que a perícia chegasse.
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