Homem preso em Delmiro Gouveia vendia conteúdo sexual com menores por R$50 na internet
O homem de Delmiro Gouveia que foi preso na última sexta-feira (24), por armazenar e compartilhar conteúdo de pornografia infantil, comercializava vídeos e fotos de menores na internet por R$50, segundo informações da Polícia Federal.
Na operação "Inocência Compartilhada 5", a PF investiga a publicação e disseminação de arquivos contendo cenas de abuso sexual infantil por meio de grupos em aplicativos de mensagens. As investigações identificaram a participação de indivíduos com números telefônicos de diversos países.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Delmiro Gouveia, resultando na apreensão de dois aparelhos celulares, que serão submetidos à perícia para identificar os arquivos compartilhados. O suspeito poderá ser indiciado pelos crimes de armazenamento e publicação de imagens pornográficas envolvendo menores, conforme os artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/90), cujas penas podem ultrapassar dez anos de reclusão.
Paralelamente, a operação "Mercador da Inocência 2" apura a venda, publicação, compartilhamento e armazenamento em nuvem de grande quantidade de arquivos contendo cenas de abuso e exploração sexual infantil. Esses arquivos eram vendidos por R$ 50,00 em redes sociais, com anúncios em português, inglês e espanhol, evidenciando a tentativa de alcançar um público internacional.
Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, também foi executado um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal de Alagoas. Foram apreendidos um laptop, um celular e um pen drive, que serão periciados pela PF. Durante a busca, foram encontrados no laptop arquivos contendo cenas de sexo explícito com menores, resultando na prisão em flagrante do suspeito.
Além dos crimes previstos nos artigos 241-A e 241-B, o suspeito poderá responder pelo crime de venda de material pornográfico infantil, conforme o artigo 241, caput, da mesma lei. As penas máximas somadas para esses crimes podem chegar a 18 anos de prisão.