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Uneal aprova concessão do título de Doutor Honoris Causa a ativistas do movimento antirracista

A proposição do título foi realizada pelo professor do curso de História do Campus I- Arapiraca, Clébio Correia de Araújo, coordenador Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Uneal (Neab)

Por 7segundos/Assessoria 28/08/2024 15h03
Uneal aprova concessão do título de Doutor Honoris Causa a ativistas do movimento antirracista
A concessão do título de Doutor Honoris Causa foi concedida a quatro ativistas do movimento antirracista afro-religioso de Arapiraca - Foto: Assessoria

O Conselho Superior da Universidade Estadual de Alagoas (Consu), em sessão ordinária on-line, ocorrido na última quinta-feira (22), aprovou por unanimidade a concessão do título de Doutor Honoris Causa a quatro ativistas do movimento antirracista afro-religioso: Pai Célio Rodrigues dos Santos (Babalorixá Célio Omintologi), Maria Neide Martins (Yalorixá Neide Oyá D’Oxum), Ismaila Fássassi (Babalawô Oloyé Ayinde Oriwo) e Célia Gonçalves Souza (Makota Celinha).

A proposição do título foi realizada pelo professor do curso de História do Campus I- Arapiraca, Clébio Correia de Araújo, coordenador Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Uneal (Neab), e passou pela apreciação dos membros do Consu, conforme determina o Regimento Geral da Universidade.

“É a primeira vez na história da nossa Instituição, do estado e nacionalmente, que uma Universidade concede o título de Doutor Honoris Causa de uma só vez, a quatro personalidades de religiões de matrizes e raízes africanas. ‘Sem dúvidas, um grande marco e reparação para com a população que foram e são diariamente silenciados e vítimas das violências do Racismo no geral, sobretudo em Alagoas”, frisou o pesquisador.

Para a solenidade de concessão dos títulos, a Uneal pretende propor que ocorra no dia 20 de novembro, na Serra da Barriga, junto às celebrações que ocorrem no local e que têm forte significado na luta contra o racismo.

“Não temos dúvidas sobre a importância e o simbolismo que esses títulos representam para uma política de combate ao racismo, de valorização das pessoas pretas. É uma necessidade o reconhecimento dessas autoridades para que a gente possa, de fato, ampliar a educação quilombola. ‘Estes títulos coroam todo o trabalho realizado pela Uneal nas últimas décadas em defesa dos movimentos antirracistas. Esperamos que o reconhecimento dessas autoridades possa servir de exemplo para ampliar as políticas públicas como a educação quilombola”, destacou o reitor da Uneal, Odilon Máximo de Morais.