A socialite carioca Regina Lemos Gonçalves, de 88 anos, está com as contas zeradas e vive com ajuda dos familiares e da aposentadoria de R$ 1.400, após ser vítima de tentativa de feminicídio, cárcere privado e furto qualificado de seu ex-motorista, José Marcos Chave Ribeiro, de 53 anos.

Segundo reportagem exibida no Fantástico, da TV Globo, deste domingo, 1º de dezembro, a polícia concluiu que o ex-motorista sacou milhões da conta de Regina. Assim, ela vive hoje com apoio dos familiares e com a pensão do INSS.

A socialite herdou uma fortuna estimada em R$ 500 milhões, incluindo obras de arte, joias e imóveis, como o apartamento no famoso Edifício Chopin, no Rio, de seu ex-marido, o empresário Nestor Gonçalves, fundador da Copag, fabricante da marca de cartas de baralho.

Na terça-feira, 26, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro tentou prender José Marcos através da Operação Dama de Ouros, mas não encontrou o suspeito, que segue foragido. A socialite escapou do cárcere privado em janeiro deste ano, quando conseguiu fugir e pedir ajuda para vizinhos.

Operação Dama de Ouros

A investigação formal que resultou na Operação Dama de Ouros só começou em novembro de 2023, quando a polícia passou a coletar depoimentos e informações, além de analisar laudos e boletins de atendimento médico do período em que o ex-motorista viveu com a vítima no apartamento.

José Marcos também está sendo investigado pela 12ª DP por tentativa de feminicídio contra Regina. Segundo o Ministério Público, a idosa foi encaminhada a um hospital com uma lesão suspeita na cabeça em dezembro de 2021 e precisou ser operada. Ela só teve alta em janeiro de 2022.

A mansão da herdeira da Copag também precisou ser desocupada a mando da Justiça. Durante a investigação, os agentes estiveram no Edifício Chopin e realizam buscas no imóvel e em apartamentos da idosa.

Atualmente, José Marcos é proibido de se aproximar de Regina Lemos Gonçalves ou tentar contato por qualquer meio. O ex-motorista está foragido.