Mulher trans é espancada por grupo na zona rural de Água Branca
Dois suspeitos foram presos pela Guarda Municipal
Uma mulher transsexual foi brutalmente agredida nesta terça-feira (7), nas proximidades do Sítio Cobra, em Água Branca, sertão de Alagoas. Segundo o relato da vítima, o ataque foi cometido por um grupo com mais de três pessoas.
A Guarda Municipal foi acionada por volta das 6h e se dirigiu imediatamente ao local para socorrer a vítima. Após garantir sua segurança, a guarnição encaminhou a mulher a uma unidade hospitalar para atendimento médico.
Diligências conjuntas entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar foram iniciadas logo após o ocorrido para localizar os envolvidos no crime. Ainda na terça-feira, duas pessoas suspeitas de participar da agressão foram presas em flagrante.
Um dos detidos foi interceptado enquanto ameaçava outro homem com uma arma branca, alegando que este havia roubado seu celular. Durante a abordagem, foi confirmado o envolvimento do suspeito na agressão à mulher transsexual.
A arma utilizada foi apreendida, e os suspeitos foram encaminhados ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) em Delmiro Gouveia, onde permanecem à disposição da Justiça. As autoridades seguem investigando o caso e buscam identificar outros envolvidos no ataque.
A violência contra pessoas transsexuais é um problema recorrente no Brasil, que segue como um dos países com os índices mais altos de violência contra essa população. Movimentos sociais e ativistas reforçam a necessidade de medidas mais efetivas para combater a transfobia e garantir os direitos humanos.
Em 2023, o país registrou 145 assassinatos de pessoas trans, uma média de 12 por mês, representando um aumento em relação ao ano anterior. Dessas vítimas, 72% eram negras e 57% estavam envolvidas na prostituição. Além disso, o Disque 100 registrou 4.482 denúncias de violações de direitos humanos contra a população trans no mesmo período, incluindo agressões físicas, psicológicas, discriminação e ameaças.