Sem dinheiro e documento após assalto, europeu vive há 5 meses em abrigo
Ele é natural da Moldávia e teve seus pertences levados na rodoviária de Santos, litoral de São Paulo
Há cerca de cinco meses, um homem estrangeiro, natural da Moldávia, foi assaltado na rodoviária de Santos, litoral de São Paulo, ficando sem dinheiro e documentos. Desde então, ele vive em um abrigo da cidade, aguardando por auxílio.
O caso veio à tona após a vereadora Débora Camilo (PSOL) protocolar um requerimento na Câmara Municipal, pedindo esclarecimentos sobre a falta de avanços no processo de recâmbio do estrangeiro, cuja identidade não foi divulgada.
No documento, a parlamentar destacou que a equipe do abrigo tem tentado viabilizar o retorno do moldavo, mas sem apoio da prefeitura ou da SEDS (Secretaria de Desenvolvimento Social).
O caso se torna ainda mais complicado pela barreira linguística, já que o homem fala somente romeno ou russo, dificultando a comunicação com os profissionais que o atendem.
A parlamentar reforça que a demora no processo agrava a situação do estrangeiro e evidencia a falta de um protocolo municipal para casos como este. "É inadmissível que um estrangeiro fique preso em Santos sem qualquer perspectiva de retorno simplesmente porque a Prefeitura não age com a urgência necessária", afirmou.
O que diz a prefeitura
Em nota, a prefeitura de Santos afirmou que a informação de que o cidadão moldavo não recebeu apoio não procede. Segundo a administração municipal, ele está acolhido no Seabrigo, serviço mantido pelo município.
A prefeitura informou que a SEDS vem trabalhando no acolhimento assistencial e dialogando com autoridades para viabilizar o recâmbio, processo que se iniciou por meio de contato com o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados).
Ainda segundo a nota, não há consulado da Moldávia no Brasil, apenas uma embaixada com sede em Brasília, o que dificulta o processo de retorno do estrangeiro.
O UOL procurou a representação da Acnur em São Paulo, para buscar mais informações, mas a agência informou que, por questão de proteção, não comenta casos individuais.
Entrave financeiro
O cônsul honorário da Moldávia no Brasil, Flávio Bitelman, esclareceu ao UOL que não existe uma embaixada do país no Brasil. Segundo ele, a única representação diplomática moldava fica nos Estados Unidos, para onde ele se reporta.
Ele explicou que o processo para emissão de um documento de viagem já foi resolvido. "A embaixada já deu o link para se criar um documento, um passaporte único de volta para a Moldávia, que é um documento que se apresenta aqui no Brasil para poder pegar o avião e ir embora", disse Bitelman.
O entrave agora é financeiro. O cônsul informou que nem o consulado honorário, nem a prefeitura de Santos, e nem a família do moldavo têm recursos para pagar a passagem aérea do Brasil até a Moldávia, o que está impedindo o seu retorno. Uma passagem aérea até Chisinau, capital do país, pode custar entre R$ 7 mil e R$ 10 mil.
“Entramos em contato com a irmã dele, tanto nós quanto a Prefeitura de Santos. E a irmã dele também disse que não tem condições financeiras de arcar com a passagem dele. Então estamos aguardando alguma solução nesse aspecto”, disse Flávio Bitelman, cônsul honorário da Moldávia.
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