Alagoas é pioneiro em monitoramento eletrônico de agressores e de vítimas de violência doméstica
Há mais de dez anos, a tecnologia é parte importante na rede de proteção às vítimas no estado
Enquanto avançava no Congresso até a aprovação no último dia 26, um projeto que prevê o uso de dispositivos para monitorar a localização de agressores acusados de violência doméstica já era uma realidade em Alagoas. Há mais de dez anos, a tecnologia é parte importante na rede de proteção às vítimas no estado, antes mesmo de virar lei e ser discutida no Senado.
“Nós já temos essa situação funcionando em Alagoas desde 2014. Aqui, as Varas de Violência Doméstica mandam as decisões para a Central de Monitoramento da Seris, tanto de monitoramento das vítimas, quanto dos agressores”, destaca o policial penal Fabiano Anízio, supervisor do Centro de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (CMEP) da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).
No caso dos agressores, eles passam a ser monitorados por tornozeleira eletrônica e as vítimas recebem dispositivos de proteção, que pode ser acionado a qualquer momento.
“O dispositivo de proteção pode ser acionado, caso a vítima se sinta em perigo. O sinal é recebido pela Central de Monitoramento, que entra em contato com a vítima ou então quando o agressor monitorado se aproxima, violando a distância determinada pelo juizado e fazendo o alarme disparar”, completa o policial penal Fabiano Anízio.
Em torno de 120 agressores estão sendo monitorados com tornozeleira eletrônica atualmente em Alagoas e perto de 60 mulheres tiveram acesso ao dispositivo de segurança para proteção pessoal, que é opcional.
Senado
O Plenário do Senado aprovou, no último dia 26, o projeto de lei que permite o monitoramento de agressores de mulheres por meio de tornozeleiras eletrônicas.
O objetivo é garantir o cumprimento de medidas protetivas em casos de violência doméstica e familiar. O texto também prevê que a vítima e a polícia sejam alertadas sobre uma aproximação indevida do agressor.
O PL 5.427/2023, do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), recebeu voto favorável da relatora, a senadora Leila Barros (PDT-DF). Já aprovada no Senado, a proposta precisa ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para se tornar lei, acrescentando à Lei Maria da Penha a possibilidade de "monitoramento eletrônico".
Últimas notícias
Flávio convoca vigília na frente do condomínio de Bolsonaro
Cultura e presença internacional marcam o Dia da Consciência Negra na Serra da Barriga
Olhar da Gente leva atendimentos para moradores da comunidade Piabas, no Jacintinho
Rede de enfrentamento à violência contra a mulher participa de formação promovida pelo Alagoas Lilás
Empresários envolvidos no caso Master são soltos em São Paulo
Correios aprovam demissão voluntária e fechamento de agências
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Motociclista perde controle e cai na AL 220, em Limoeiro de Anadia
Ex é presa suspeita de matar médico em Arapiraca; ela o acusou de estuprar a filha deles
