Pai luta para ver na cadeia jovem responsável por crime de estupro cometido contra sua filha no Agreste de AL
Vítima, que tem 19 anos, passou um longo período internada em decorrência do abuso e ainda sofre com sequelas do crime

Uma família residente no Sítio Boa Vista, entre os municípios de Coité do Nóia e Taquarana, no Agreste de Alagoas, está sofrendo há cerca de quatro meses em busca de justiça.
Uma jovem, identificada como Maria Daniela Ferreira Alves, 19 anos, sofre com graves consequências neurológicas após ser hospitalizada em virtude de ter sido vítima de um crime de estupro que teria acontecido em uma chácara localizada no Povoado Poção, no município de Coité do Nóia.
O pai da vítima, José Domingos Alves, contou ao 7Segundos que a filha foi para uma festa de encerramento das atividades na escola onde trabalha no início de dezembro de 2024 e da festa, ela foi dormir na casa de uma amiga. De lá, segundo contou o pai, Maria Daniela foi levada pelo suspeito de carro até à chácara da família dele, onde tudo teria acontecido, segundo a denúncia.
O Pai de Maria Daniela postou um vídeo nas redes sociais contando que tem provas documentais que comprovam que a filha foi vítima de abuso sexual e pede que o responsável pelo crime seja punido.
De acordo com a denúncia, Maria Daniela foi violentada e agredida pelo proprietário da chácara onde ocorreu a festa. A vítima também teria sido drogada, conforme informações apuradas e documentadas pelo Ministério Público Estadual (MPE), através da Promotoria de Justiça de Taquarana em denúncia oferecida à justiça. No documento, consta a informação de que exames médicos indicam que a vítima apresentava múltiplos hematomas pelo corpo, sinais de trauma físico e privação de respiração, o que resultou em comprometimento cerebral.
Também há indícios de que a jovem tenha sido dopada. O laudo toxicológico revela ainda a presença de substâncias como diazepam, feniotína, haloperidol, nordiazepam e prometazina no organismo da vítima, sendo esta última uma droga que possui propriedades sedativas e pode ser utilizada como substância facilitadora para crimes de natureza sexual, segundo o MP.
Ainda de acordo com a denúncia oferecida à justiça pelo Ministério Público, o suspeito do crime teria se aproveitado do estado de inconsciência da jovem, que estava sob efeito das substâncias e incapaz de oferecer resistência, para manter relações sexuais com ela.
O relatório do MPE/AL aponta ainda que o principal suspeito conhecia a vítima, pois estudava com ela. Ele também começado a demonstrar interesse na jovem no final de 2024, quando passaram a trocar mensagens por meio do aplicativo WhatsApp. No dia do crime, ele teria se utilizado dessa condição de proximidade para consumar o ato, segundo o MP.
Segundo o pai da jovem, Daniela chegou a ser levada desacordada para uma unidade de saúde de Coité do Nóia antes de ser transferida para o Hospital de Emergência do Agreste (HEA) em Arapiraca, onde passou 19 dias internada, dos quais, cinco foram em coma numa UTI.
Além do trauma psicológico, Maria Daniela sofre com as sequelas físicas em decorrência do abuso que sofreu, como por exemplo, necessitar de auxílio de pessoas para tomar banho e até se alimentar.
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