Pais de bebê que faleceu no Regional rebatem informações divulgadas pela direção do hospital
Darly e Daniele, pais de Emanuel, afirmam que irão continuar em busca de justiça

Os pais do bebê Emanuel, que faleceu na UTI do Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, no dia 10 de maio, dois após o parto, divulgaram nesta terça-feira (20), através de sua assessoria jurídica, uma nota esclarecendo alguns pontos sobre o ocorrido e contestando também algumas questões relacionadas à nota emitida pela Direção do Hospital Regional após a divulgação da denúncia, na última sexta-feira (16).
(Leia a nota emitida pelo Hospital Regional, na íntegra, ao final da matéria da denúncia - acessando o link https://www.7segundos.com.br/a... )
Na nota divulgada pelos pais Darly Correia e Daniele dos Santos, eles afirmam que o pré-natal foi realizado completo, com todos os exames necessários, que demonstravam que a criança estava saudável.
A nota segue afirmando que, diferente do que alegou o hospital Regional de Arapiraca, no dia 8 de maio, a mãe chegou à unidade de saúde por volta das 08h00 da manhã, em trabalho de parto avançado e sentindo fortes dores, sendo encaminhada à enfermaria, onde aguardou por cerca de 30 minutos até ser examinada pela equipe de enfermagem, mesmo estando com 7 a 8 cm de dilatação e batimentos cardíacos do bebê sendo monitorados.
Os pais afirmam ainda que todo o parto foi conduzido por profissionais não habilitados, pois, segundo eles, não havia um médico obstetra presente e que no momento em que o bebê saiu do ventre, não foi relatada nenhuma intercorrência pelo cordão umbilical, porém o bebê nasceu com o cordão umbilical enrolado ao pescoço e membros.
Eles contestam a forma como o bebê foi retirado do útero, com puxões pela cabeça quanto a barriga da mãe era pressionada com força, procedimento que causou hematomas graves na criança, segundo a denúncia.
Outra atitude questionada pelos pais da criança é o bebê ter sido levado para um outro setor sem que fossem dadas explicações sobre o procedimento.
Eles alegam ainda que o pai da criança, Darly, só teve acesso ao filho quase três horas depois, sendo impedido de acompanhar o atendimento, até então.
Darly foi informado que a médica que recepcionou a criança na UTI relatou que o recém-nascido foi submetido a um procedimento de reanimação que durou cerca de 50 minutos e que somente após todo esse procedimento é que o pai teve acesso ao filho, onde constatou que a criança estava com vários hematomas pelo corpo e que foi impedido de tirar fotos do bebê para registrar o que tinha visto.
Os pais afirmam ainda que quem estava no velório da criança, pode constatar que o bebê ainda estava com os hematomas visíveis, especialmente no rosto e que em nenhum momento o hospital manifestou interesse em solicitar um exame de corpo de delito na criança.
Darly e Daniele dizem também que no dia 15 de maio a unidade de saúde negou a liberação do prontuário médico para eles.
A nota termina com os pais afirmando que irão lutar por justiça até o fim.
A nota é assinada pelos advogados João Antonio da Silva Neto e Antonio Lucas Monteiro.
Leia a nota, na íntegra, logo abaixo:
NOTA DE ESCLARECIMENTO / PAIS
Darly Correia Alexandre e Daniele Correia dos Santos, viemos a público através de nossa assessoria jurídica, esclarecer os fatos que levaram à morte do nosso filho recém-nascido Emanuel Correia Alexandre, no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca/AL, no dia 10 de maio de 2025.
Inicialmente, deve se salientar que foi realizado um pré natal completo, com todos os exames necessários, varias ultrassom das mais avançadas disponível na cidade e todos os exames apresentavam uma criança extremamente saudável, sem nenhum tipo de problema.
Diferente do que alegou o hospital Regional de Arapiraca, no dia 08/05, a mãe chegou à unidade de saúde por volta das 08h da manhã, em trabalho de parto avançado e sentindo fortes dores. Foi encaminhada à enfermaria, onde aguardou por cerca de 30 minutos até ser examinada pela enfermagem, mesmo estando com 7 a 8 cm de dilatação e batimentos cardíacos do bebê sendo monitorados.
Sem acesso a um médico obstetra, o parto foi conduzido por profissionais não habilitados. No momento expulsivo, não foi relatada nenhuma intercorrência pelo cordão umbilical. O bebê nasceu com o cordão enrolado no pescoço e membros, e a forma como foi retirado — com puxões pela cabeça enquanto a barriga da mãe era pressionada com força, causou hematomas graves, inclusive no rosto, nos braços e nas pernas.
Após o nascimento, o bebê foi levado a outro setor sem qualquer explicação. O pai foi impedido de acompanhar o atendimento e só teve acesso ao filho quase três horas depois, já na UTI Neonatal.
De acordo com a medica que recepcionou o recém nascido já na UTI, a criança passou por um procedimento de reanimação que durou cerca de 50 minutos.
Após todo esse procedimento, foi que o pai, Darly Alexandre, teve acesso ao seu filho, momento esse em que constatou vários machucados em seu bebê, por diversas partes do corpo, ao questionar os machucados, foi informado que esses
hematomas já acompanharam a criança desde o parto, quando pegou seu celular para tirar foto da situação do menor, o mesmo foi repreendido, informando que não poderia ser tirada foto de seu próprio filho.
O recém nascido veio a falecer quase dois dias após o parto e quem estava no velório, constatou os hematomas presentes, especialmente no rosto da criança. Detalhe que na certidão de óbito, em momento algum foi informado qualquer tipo de lesão no corpo da criança. O hospital não se deu ao trabalho sequer de solicitar uma exame de
corpo de delito.
Na data de 15/05, foi solicitado o prontuário médico e nos foi negado de forma verbal o fornecimento do documento.
Por fim, diante de reiterados casos que tem surgidos de possíveis erros da instituição acima mencionada em momentos de parto, lutaremos incansavelmente para que outras famílias não tenham que suportar tamanha dor em momento onde deveria ser a realização de um sonho.
JOÃO ANTONIO DA SILVA NETO ANTONIO LUCAS DOS S. MONTEIRO
OAB/AL 14.843 OAB/AL 15.133
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