Empresário de Arapiraca é alvo de operação por fraude bilionária em MG; PF cumpre mandados em AL
Esquema explorava ilegalmente minério de ferro em áreas proibidas
O empresário Alan Cavalcante dos Santos, conhecido por atuar em Arapiraca, é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (17), que investiga um esquema bilionário de corrupção e danos ambientais em Minas Gerais.
Um dos diretores da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Trivellato Seabra Filho, também foi preso preventivamente. A operação, que cumpre mais de 100 mandados, apura um esquema que teria gerado lucro de mais de R$ 1 bilhão com a exploração ilegal de minério de ferro em áreas proibidas.
Em Alagoas, estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, incluindo um em um condomínio de luxo no município de Marechal Deodoro. Ao todo, a PF cumpre 22 ordens de prisão temporária e 79 de busca e apreensão.
Segundo o UOL, o empresário Alan Cavalcante dos Santos é apontado pela PF como líder do grupo criminoso. Ele é dono da mineradora Gute Sitch. Seus sócios, Helder Adriano de Freitas e João Alberto Paixão Lages, também são alvos de prisão preventiva.
Como o esquema funcionava
- Ao lado dos sócios, ele teria criado, em 2022, o Grupo Minerar, uma empresa exclusivamente para administrar os ilícitos. Alan seria responsável pela coordenação do grupo, Helder seria o diretor operacional e João Alberto o diretor de relações interinstitucionais.
- Grupo criminoso teria corrompido agentes públicos para ganhar autorizações e licenças ambientais para explorar o minério em áreas proibidas. Segundo a PF, entre as áreas de exploração das empresas estavam locais tombados e perto de áreas de preservação.
- Uma das autorizações de extração mineral irregular teria sido emitida durante um feriado de Natal, em 25 de dezembro. Em outro momento, mesmo com apresentação de documentos fora de prazos legais e com manifestações de órgãos como a AGU alertando sobre a ilegalidade do processo, autorizações de exploração foram expedidas.
- A polícia solicitou o afastamento de funcionários de órgãos públicos. Eles atuam no Instituto Estadual de Florestas (IEF), na Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas (FEAM) e no Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
- Além de conseguir as licenças, o grupo criminoso também agiu para neutralizar a fiscalização do estado, monitorando agentes ambientais. Eles também lavaram o dinheiro conseguido de forma ilícita, segundo as investigações.
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