Blog do Roberto Ventura
Os acordos políticos podem render politicamente, mas Isso depende de alguns fatores.
Como detalhe, é bom deixar claro que, nesse comentário, nessa análise, não estou especificando esse ou aquele prefeito, e sim, escrevo de uma maneira de generalizada.
Os acordos políticos podem ser bons ou ruins, isso depende de uma série de fatores, ou seja, quem vai dizer se ele foi bom ou ruim é a maneira de como o prefeito irá se comportar em relação ao acordo firmado, bem como, as atitudes do secretário.
Aqui vai uma pergunta um tanto quanto inteligente: como sair de uma situação em que o governante fecha um acordo com uma liderança e essa, ao tomar posse, escala seu time de radicais, que são, foram e sempre serão contra o gestor, pessoas que não votam, nunca votaram e jamais votarão no chefe do executivo?
Todos aqueles acordos que veem para somar, sempre serão bem-vindos, mas, tem-se aí uma questão simples para resolver. O prefeito, ao fechar o acordo, tem que deixar claro que ele tem por obrigação saber quem irá compor a equipe do novo secretário. O que o prefeito tem a fazer? Sentar com o novo secretário e analisar nome por nome para ver se atende as exigências do prefeito e do seu próprio grupo político.
O prefeito não poderá jamais deixar o secretário à vontade para escolher nomear a seu bel prazer todos os novos assessores, isso é um perigo, é uma faca de dois gumes para a administração e para a própria caminhada política do prefeito. É preciso ter qualidade em um a equipe, em uma administração, e não apenas quantidade.
É importante saber quem é quem, qual a posição política nos últimos anos, como se comportou ou se comporta no dia a dia da política local, analisar todos os detalhes e, caso seja detectado que esse não se encaixe, não atende aos requisitos políticos, ideológicos e técnicos da administração e do próprio prefeito, esse, não servirá para fazer parte do corpo técnico e muito menos político do governo.
O prefeito também não poderá jamais admitir que pessoas radicalmente contra sua administração assumam qualquer função no governo até porque, é praticamente impossível essas pessoas mudarem de opinião. Esse tipo de eleitor são os denominados cristalizados contra, ou seja, em hipótese alguma votarão no prefeito.
Portanto, o novo auxiliar terá que por obrigação apresentar ao gestor a lista dos funcionários que irão ser contratados, para que ele – o prefeito – possa dar ou não o aval. Os a favor/contra, terão que serem eliminados. Porque aqueles que foram beneficiados, tinham regalias, eram familiarizados com o antigo gestor, gozava de altos salários, jamais irão votar no atual gestor.
Caso esses cuidados não sejam adotados, o prefeito estará perdendo duas vezes: primeiro esse novo funcionário que em hipótese alguma votará nele, segundo, aquele eleitor fiel, amigo, simpatizante, abnegado, que foi às ruas defender a bandeira e as propostas do prefeito, esse, revoltado, também não votará e o pior: será um adversário implacável por se sentir traído e, consequentemente, não ter sido valorizado pelo gestor.
Já falei por reiteradas vezes que não adianta fazer uma administração somente voltada para realização de obras, se não souber conduzir o processo político, fatalmente perderá as eleições. Os exemplos são muitos e aqui mesmo em Messias tivemos um belo exemplo de que não basta apenas construir, realizar, pagar funcionários e fornecedores em dia, tudo isso é por demais importante, mas é preciso também saber conduzir o processo político-eleitoral, sem isso, todo e qualquer gestor estará fadado ao fracasso.
Sobre o blog
Roberto Ventura: Bel. em Ciências Sociais ( Cientista Político), Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional